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Susão de 24 e 25 de Novembro de 1030

dade e para a República deu não apenas provas de sacrifício e de republicanismo, mas duma alta inteligência, duma audácia e decisão notáveis que nuuca é de mais lembrar.

Não esqueço que o Governo da minha presidência foi apoiado pelo Sr. Álvaro de Castro, não apenas com lealdade, mas com verdadeira dedicação.

É preciso que se diga que, quando o Sr. Álvaro de Castro resolveu comunicar-mo que os ministros reconstituintes Dão podiam mais colíiborar comigo, já era evidente que o Governo da minha prftsidência não podia cumprir a sua missão até o fim..

(guando o Sr. Álvaro de Castro o acentuou nesta Câmara, teve palavras generosas que tenho o dever de retribuir, não apenas coino uma troca de cumprimentos, mas como uma afirmação de justiça—e tenho sempro o maior prazer de fazer justiça aos adversários.

Ainda fazom parte do Ministério algumas altas figuras da Câmara que têm ocupado as mais importantes situações.

Faz parte do Governo o sr. Domingos Pereira que presidiu a um governo, de que fiz parte, e que possui as mais altas qualidades de inteligência. A S. Éx.a devo um apoio leal e dedicado. Não esquecerei que na ocasião em que os partidos resolveram retirar o seu apoio ao Governo, S. Ex.a se levantou, declarando que continuaria a apoiar o meu Governo, convencido como estava de que as quedas sucessivas de ministérios só podiam trazer ao País e à República uma situação cada vez mais grave, sendo a instabilidade governativa um dos máximos problemas da República.

O Sr. Júlio Martins, embora em oposição ao mou Governo, teve para comigo palavras do amizade que tenho também por dever retribuir.

Sejam quais forem as divisões políticas que haja entre .nós, sejam quais forem as situações que cada um de nós se crie, estou bem certo de que em nada abalam a nossa amizade que é bem conhecida entre a massa republie.;in.-i; e que está acima de tudo para perdurar eternamente.

Ainda, Sr. Presidente, fazem parte do Govôrno dois ministros quu colaboraram comido TH) Ministério a que presidi: o Br. Lopes O^rdoso © o íár» Júlio .Dantas,

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O Sr. Lopes Cardoso é um dos mais brilhantes parlamentares; S. Ex.a merece bem o título de estadista. O Sr; Júlio Dantas não é apenas o admirável literato que o País conhece, é também um profundo conhecedor dos assuntos que respeitam à pasta da Instrução. Dele podemos confiar a resolução dos mais insían-tes problemas da instrução em Portugal.

Aos restantes ministros dirijo-os meus cumprimentos e, como (os conheço todos pessoalmente, sabeni bem S. Ex.as quain sinceros são esses meus cumprimentos é quanta justiça faço às suas qualidades de talento e de carácter.

Sr. Presidente: pntendo que é Sempre conveniente afastar de qualquer debate matéria prejudicial e reputo matéria prejudicial quaisquer considerações sobre uma frase de que aqui já se falou, pro-frrída pelo Sr. Presidente do Ministério na ocasião da sua posse.

Eu ouvi essa frase e tendo-a ouvido, por forma alguma lho atribuí a significação que uma ou outra pessoa, tendenciosamente, ou um ou outro jornal, inal informado, lhe atribuem.

Vai nisto todo o elogio que eu possa fazer do Sr. Álvaro de Castro: S. Ex.a tem o direito, pelo menos, de esperar que nós reconheçamos o seu amor à legalidade constitucional, porque por ela se tem batido ininterruptamente. O Sr. Álvaro de Castro tem a cultura histórica e social suficientes, tem do momento que atravessamos conhecimento bastante para saber que só dentro da legalidade os nossos males podem ter remédio e que só o respeito pela Constituição pode acreditar os Poderes Públicos.

Posto isto, entendo eu que o Governo íoi nomeado pelo Sr.. Presidente da República, duma forma inteiramente constitucional. (Muitos apoiados).