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coui as combinações que tôni corrido o do acordo com os operários. Não é necessá-rie entrar em detalhes das alterações que vão ser feitas, porque o Sr. Dias da Silva vai ter, senão tudo aquilo que deseja, pelo menos aquela parte que resolve o assunto duma maneira regular.

Quanto aos Bairros Sociais, ao C4ov6r-110 merece essa obra a melhor das atenções. E uma obra da República, e por isso, especialmente, olhará por ela com o j cuidado que ela requero (apoiados), não í só para que ela progrida, mas para que J viva dentro das boas normas administra- \ tivas. (Apoiados).

Quanto aos assuntos da Companhia das Aguas e da dos Tabacos, pelas respecti- j vás pastas eles serão tratados de harmo-' nia com os interOsses gerais e daqueles que lá trabalham, de forma que as suas condições de vida, que são más, sejam tornadas razoáveis.

Civio que mais nenhuma pregunta S. Ex.a fez.

Agora tenho a explicar à Câmara, embora a declaração ministerial seja explícita, as minhas palavras no acto da posse do Ministério.

As minhas palavras não envolveram nenhuma espécie de ameaça ao Parlamento, não envolveram nenhum segundo sentido, exprimiram o que elas literalmente dizem: a dificuldade que se tem notado na constituição de Govôrnos feitos por combinações complexas e não dentro da base dum programa. Todavia, poderia ou mesmo, não já como - deputado, mas como Presidente do Ministério, ter manifestado a necessidade da dissolução, porquanto ela hoje não pode ser considerada um acto fora da normalidade, porque está inscrita na Constituição. (Apoiados). E como eu ainda não perdi a qualidade de deputado, eu podia como Presidente do Ministério aqui afirmar concretamente, ou em' qualquer outra parte, a necessidade que tinha de obter a dissolução do Parlamento para governar. Felizmente essas palavras não partiram da minha boca, mas da oposição, pela boca do Sr. António Granjo.

Tranquili/e-se o Parlamento, porque na hora em que o GovCrno entonda ser necessário pôr perante o Sr. Presidente da República e perante o País esse problema, o.far;ícoin inteira clareza.

Diário da Câmara do$ Deputado»

O Govôrno foi principalmente atacado pela sua constituição híbrida.

Acho estranho e singular que homens que pertencem a partidos diversos e colocados em posições muito proeminentes, se não pudessem ter reunido ao Governo, para realizar uma determinada obra.

Disso o Sr. Ministro dus Finanças — e disse muito bem—que bastaria um princípio que está escrito nôste programa, qual seja o imposto de rendimento, para ser de facto urn-vasto programa. Ele constituiu na Inglaterra um programa que se prolongou ato Lloyd George que se tornou muito grande e chegou a sor alguma cousa no mais perfeito dos regimes fiscais da Europa. Em França, Ossa questão foi posta pela primeira vê/ por Gambetta e prolongou-se até Clemenceau e Ribot, conseguindo só ter solução depois da guerra.

Não há nenhum país da Europa que o tenlia inscrito no programa e posto logo em execução. Tivo muito prazor em o defender em 1912, no velho partido republicano no Congresso da Figueira. Entre nós, o imposto de rendimento nunca encontrou possibilidade de se inscrever num programa de governo, senão agora. Daí a afirmação da nece&hldadtj da aprovação, do imposto do rendimento, e por isso entendi que o Sr. Cunha Liai devia fazer parte do Governo, pois tínhamos o mesmo programa.

Fui buscar homens pertencentes a trGs agrupamentos que tinham as mesma s i doas e os mesmos fundamentais princípios para vir dizer íl Câmara esta verdade: Os homens que aqui se sentam não necessitam tor nenhuma espécie de combinações partidárias, mas necessitam dizer nesta Câmara, que é intransigentemente republicana, que estão aqui apresentando um certo número ,de princípios para os executar, se os deixarem, e, se os não executarem, sairão. (Muitos apoiados).

E tão forte e sólida é a nossa convicção, de que estamos com a verdade, quo a sua demonstração está no nosso programa.

Está no nosso programa o aumento da circulação fiduciária, bem contra vontade, mas porque é indispensável, infelizmente, que assim soja.