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ítiário da Câmara dos Deputados

problema, longe de resolver- s.e? agravar--se M,

É necessário satisfazer, tanto quanto possível, os ferroviários. Prolongando-se a situação, o prejuízo será para o Estadp.

O problema resolve-se neste momento, satisfazendo-se algumas das reclamações desse pessoal, que são simples,

O pessoal, que tem os seus recursos esgotados por uina greve prolongada, pede o pagamento dos seus vencimentos em atraso e, um adiantamento de dois meses, pagável em 48 prestações.

Parece-me que, isto não é tam impor? tante que possa assustar um Governo como p actual.

O pessoal pede que se cumpra a, lei, isto é, a suspensão imediata de todas as demissões originadas pela greve, e se instaurem os respectivos processos disciplinares. Não yejo razão para se nãq atender isto,

Pede também o pessoal a retirada da força armada e que se entregue o serviço ao pessoal, restabelecendo-se a disciplina' hierárquica. Reclama mais a libertação dos ferroviários presos, a que já. se não justifica após a terminação da greve, tanto mais que o Governo não quere exercer represálias.

As reclamações do pessoal são bem simples,

lamento que o pessoal não tivesse ar-ripiado caminho, não paralisando QS serviços, mas mais lamentável será que o Governo abuse da derrota aparente do pessoal, O pessoal não quis resistir um pouco mais porque confiou no Governo. E necessário que o Governo corresponda a esta confiança que mereceu aos ferroviários.

Pareee=me que quem mostra tam grande espírito republicano não pode merecer do Governo violências e desinteresse,.

Termino, apelando mftis uma vez para o Governo, a fim de que ele síitisfaç.a, pelo menos, §s.ta simples petição dos íer-ro viário s.

Ê tam poiiCQ que estou certo de que o Governo não deixará de atendê-la a não serN que queira çojoear-§e naquele campo que o Sr. Ministro do Comércio tanto censura. Tenho dito,

O discurso, na integra, rçvistQ pelo grqdor, será, jpubliçadQ*'guando forem devolvidas as notas taquigráficas.

O S.r, VelhiqhQ Correia: — Sr. Presidente: vou ser breve, já porque não quero fatigar a atenção da Câmara, já porque o assunto que vou versar não tem para ela nem para o País aquele interesse que merece. Em todo o caso alguma oousa há que é preciso dizer-se.

Como não está presente o meu ilustre amigo que presidiu ao Governo em cuja gerência se deu o- conínto, vejo-me na obrigação de relatar à Câmara o que foi o último movimento grevista dos. ferroviários.

Começo por declarar que não sinto nenhuma alegria extraordinária com o facto que se deu da derrota, ehamo-lhe assim, dos ferroviários do meu País. Não me anima nenhuma animadversão para com as classes proletárias. Em presença da situação criada pelos próprios ferroviários, só tenho a lamentar a sua falta de cautela em se lançarem num movimento para O qual nãp estavam preparados, e, muito principalmente, o facto de se terem declarado em greve sem previamente terem esgotado todos aqueles meios legais e possíveis para conseguirem os seus fins.

Sr. Presidente: será bom que, dalgúma maneira, os ensinamentos desta última greve perdurem na memória de todo o proletariado português, para que não mais sé lance qualquer das suas classes em movimentos grevistas assim precipitadamente, isto é, sem terem esgotado primeiro os meios legais^'ao.seu alcance para conseguir ò seu fim.

Devo declarar que, tanto a greve dos ferroviários do Sul e Sueste, como a dos ferroviários da Companhia Portuguesa dos.Caminhos de Ferro, não foram produzidas por qualquer razão de ordem económica,

Sr. Presidente; duma maneira geral, são-me simpáticas as reivindicações dos proletários quando tenham uma base eco<_-nómica que='que' conseguirem='conseguirem' de='de' no='no' seus='seus' lançar='lançar' julguem='julguem' disse='disse' se='se' esgotado='esgotado' meios='meios' sem='sem' terem='terem' não='não' como='como' gê='gê' os='os' fins.='fins.' em='em' greve='greve' aceito='aceito' p='p' q='q' ô='ô' legais='legais' já='já' eles='eles' direito='direito'>

Vou contar a V. Ex.a e à Câmara o que se passou com a greve, dos ferroviários do Sul e Sueste.