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Diário da Câmara dos Deputados

peito que uns aos outros devemos nesta casa do Parlamento.

Convido, por isso, o Sr. Inocêncio Camacho a explicar o sentido da sua frase e estou certo de que S. Ex.a o fará sem rebuço.

S. Ex.a não reviu.

O Sr. Inocêncio Camacho: — Sr. Presidente: lastimo que seja no dia em que tomo posse do meu lugar de Deputado que tenha de usar da palavra para um assunto desta natureza.

No desempenho duma praxe parlamentar, de que não quero abdicar, eu começo por cumprimentar V. Ex.a, afirmando-lhe toda a minha consideração e respeito que V. Ex.a me merece pessoal e politicamente.

Apresento à Câmara as minhas saudações também, e agradoço-lhe as afirmações de agrado e simpatia de que ela me tem dado provas.

Posto isto, Sr. Presidente, eu direi a V. Ex.a que, com efeito, é certo que há pouco pronunciei uma frase que em minha consciência reconheço que é violenta, mas proferi-a sentindo-me gravemenle alvejado, quando, em referência a contratos em que tive de intervir como Ministro das Finanças, ouvi dizer: «Dói, dói». Voltando para ver quem tinha dito o aparte, encontrei um olhar, que considerei desvairado, incidindo sobre mim como que a querer atemorizar-mo. Foi então que eu disse ao Sr. Pais Rovisco, que me iitava de forma tam estranha, que não me assustava o seu olhar de doido.

Disse isto porque, realmente, a expressão do olhar do Sr. Pais Rovisco, nesse momento, não era a vulgar.

No emtanto, se a Câmara entende que estas palavras não são próprias de figurar nos anais desta casa do Parlamento, eu não tenho dúvida em retirá-las.

O discurso será publicado na Integra, revisto pelo orador, quando o orador devolver, revistas, as notas taguigráficas, que lhe foram enviadas.

O Sr. Pais Rovisco : — Sr. Presidente: antes de mais nada eu agradeço a V. Ex.a o seu desejo de que as palavras aqui proferidas pelo Sr. Inocêncio Camacho não figurem no Diário, mas, sobre as ex-

plicações dadas, eu já tinha dr:oa V.Ex.a que, para mim, erain escusadas.

O facto fez-me lembrar um caso que se passou em 1907, quando eu frequentava a Universidade de Coimbra. Houve nessa ocasião uma greve académica e um estudante que hoje ó Deputado foi a uma das reuniões, e apresentou uma moção. Depois de haver grande baralho, o estudante retirou a moção, diz ando que a retirava, mas o efeito ficava na Mesa.

O caso é o mesmo.

Tenho dito.

O Sr. Presidente: — Parece-Tie não haver paridade entre os dois cnsos. O Sr. Inocêncio Camacho explicou suficientemente as suas palavras, declarando que as retirava.

S. Ex.a não reviu.

O Sr. Presidente: — A próxima sessão é amanhã, à hora regimental. Está encerrada a sessão. Eram 18 horas e 45 minutos.

Documentos enviados para a Mesa durante a sessão

Propostas 4e lei Do Sr. Ministro da Marinha: Designando os casos eru que é aplicável a lei n.° 1:083, de 8 de Dezembro de 1920.

Concedendo a promoção 33 posto de primeiro sargento aos segundos sargentos de todas as classes da arcada, com exclusão dos músicos, quando satisfaçam a designadas condires.

Promovendo à 2.a classe QS despenseiros de 3.a classe da armada que tenham seis anos de classe.

Extinguindo os cargos de adidos navais junto das Legações de Portugal em Paris, Roma, Londres e Washington.

Tornando aplicáveis aos porcos não artificiais dos Açores as taxas constantes das tabelas D, E Q F, da lei n.° 1:036, de 25 de Agosto de 1920.