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sobrenaturais, gigantes em tudo, na inteligência, no valor, na força e em todas as qualidades que caracterizam os homens. E tendo lançado esses indivíduos pela vida fora, anos depois havia na humanidade um pequeno núcleo de gigantes física e intelectualmente, o que obrigou todos os outros homens ajuntar-se, para os matar, na caça aos gigantes, que era este mesmo o título desse livro.

Lembrei-me que S. Ex.a o Sr. Ministro das Finanças estava vendo esse episódio., em que ele era o gigante e os outros os homens pequenos para o caçarem, para o matarem, porventura para lhe retirarem aquelas qualidades que o haviam, por juste motivo, colocado naquele lugar. E como eu tinha de entrar neste debate, porque-desejava nele entrar na minha qualidade de Deputado, porventura como homem pequeno, quis desde logo afirmar a S. Ex.y que pode ele ter subido acima da craveim média, que eu não o quero discutir.

Não quero, pelo meu ataque à forma' como S. Ex.a procurou resolver o caso da Agência Financial do Eio de Janeiro, que S. Ex.a ou alguém possa ver com a minha entrada na discussão o quarto de hora de assalto. Pare S. Ex.a o relógio em-quanto eu falar, porque durante o tempo .em que eu estiver usando da palavra não há esse quarto de hora.

Eu não quero ver a craveira de S. Ex.a senão para respeitar "aquilo que ela possa ter de alto e nunca para fazer descer essa craveira até à minha pequena altura.

E, no intróito das minhas considerações permita-me V. Ex.a, Sr. Presidente, que eu acrescente às já proferidas algumas outras palavras.

Tendo o Sr. Ministro das Finanças, em resposta ao meu ilustre camarada Sr. Leio Portela, afirmando por várias vezes e feito várias referências a Bancos que especularam com a Agência Financial do Eio de Janeiro, e tendo citado propositadamente os nomes de alguns desses Bancos; havendo-se S. Ex.a ainda referido a infames insinuações e acusações que de lá fora partem e com as quais eu nada tenho; eu quero fazer sentir a S. Ex.a que, entrando neste debate, não me faço eco dessas campanhas de facínoras a que S. Ex.f

Diário da Câmara dos Deputados

Eio de Janeiro se poderam ter aproveitado.

Eecusando, pois, o papel de defensor de qualquer dessas instituições, como eu me recusaria a encabeçar no1 Sr. Ministro das Finanças o mesnio papel a respeito de quaisquer outros Bancos que a Agência Financial possa prejudicar, eu discuto a questão como Deputado. Faço o mesmo que fez o Sr. Leio Portela e espero que o Sr. Ministro das Finanças me responda como Ministro das Finanças apenas.

Nem uma cousa, nem outra.

Como simples Deputado, aproveitando--me, porventura, das informações dessas bocas, dessa imprensa, a parte que S. Ex.a o Sr. Ministro das Finanças f.tribui a responsabilidade e autoria directa,, aquilo que houver de útil à minha argumentação, fazendo mesmo o aproveitamento das verdades que, no momento da disputa, disseram, porventura, mn ao outio quanto ao mesmo contrato, aproveitando só o que é do utilidade para o Estado.

Discutirei nestes termos, li este o meu instinto nesta discussão.

Atento o carácter desta discussão, necessariamente trará a irritação, que não quero de forma alguma quo exista em tudo aquilo que disser a respeito deste assunto.

Entrando propriamente no assunto em discussão, começo por dividir as razões que teve o Sr. Ministro das Finanças para denunciar o contrato com a Agência Financial, e procurar substituí-lo por uni novo contrato fruto da adjudicação.

Julgo assim sintetizar todlos os argumentos aduzido? por S. Ex.a

As razões - são de dinheiro, de dívida quanto à situação da Agência Financial do Eio de Janeiro, e à possibilidade do Estado poder sobre ele livremente contratar. Púnhamos para depois a razão da necessidade de dinheiro, embora ela tenha impressionado o ânimo do Ministro.

Começou em primeiro lugar pela dúvida sobre o direito do Estado denunciar um contrato daquele género, que levou S. Ex.a a procurar fazer, não um contrato secreto, porque não o poderiL fazer, mas um concurso secreto, no intuito de evitar discussão.