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Sessão de 25 de Janeiro de 1921

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O Sr. António Granjo': — \ Eu não pensei mesmo em outra cousa!

. O Orador:—>Nos primeiros tempos não pensou em outra cousa.

Agora S.' Ex.a pensa no contrato dos trigos e do carvão. S. Ex.a não desiste desses contratos, tem ainda uma esperança e espera realizar essa esperança, e por esse lado deve estar satisfeito.

O Sr. António Granjo iria ao poder e, congraçando toda a gente, governaria no melhor dos mundos.

Sofra a Eepública, mas salvem-se as clientelas políticas.

Fique ^ Câmara inteirada; não me considero atingido pela inoção do Sr. António Maria da Silva.

Espero que o Supremo Tribunal Administrativo dê qualquer resolução, e depois ó que se verá se devo ou não continuar a gerir a administração do País.

Fora disto não há absolutamente nada.

Fiz uma proposta, que mandei para a Mesa, adiando sine die o concurso da Agência Financial. De todos os lados se preguntou, então, onde estavam as pressas e o que significavam elas. Eu vou dizer à Câmara.

No dia 31 de Dezembro foi enviado do Rio de Janeiro o telegrama que aqui chegou nos primeires dias de Janeiro, dizendo que seguiam pelo vapor Lutetia 200:000.libras. Depois da recepção deste tolegrama comprei na praça cerca de cento e tantas mil libras. Isto, porém, fazia-se repercutir na praça e eu julguei que era chegado o momento de não efectuar mais compras para evitar que as divisas cambiais baixassem.

O certo ó que nunca contei que essas 200:000 libras viessem realmente pelo vapor Lutetia.

Depois prod^ziram-se os acontecimentos que são do domínio de toda a gente e adiei o concurso.

Entretanto a campanha é arrastada, até o Parlamento, <_.e que='que' acusações='acusações' de='de' podia='podia' uma='uma' duma='duma' parlamentares='parlamentares' inquérito='inquérito' por='por' se='se' feitas='feitas' muitos='muitos' um='um' tantas='tantas' verifica-se='verifica-se' tan-='tan-' não='não' meu='meu' tal='tal' contra='contra' mas='mas' como='como' a='a' apoiados.='apoiados.' verifica='verifica' em='em' onda='onda' ergue='ergue' esse='esse' o='o' p='p' eu='eu' suspei-ções='suspei-ções' face='face' reclamavam='reclamavam' atitude='atitude' procedimento.='procedimento.' quantos='quantos' já='já' anónimos='anónimos' levantadas='levantadas' diante='diante' todos='todos' negar='negar'>

tas insinuações; e de tantos pedidos de inquéritos,, o Ministro das Finanças, fossem quais fossem os inconvenientes para o País, não podia hesitar em declarar bem alto que não receava absolutamente ninguém (Muitos apoiados], e que desejava que esse inquérito efectivamente se realizasse.

E, se pedi ao Sr. Presidente do Ministério para chamar os leaders dos partidos representados neste Parlamento, foi porque as dificuldades aumentaram, porque as tais 200:000 libras, que deviam chegar, não chegaram e porque me via obrigado a ir buscar à praça as libras de que necessitava. Mas o facto é que não quero continuar por esse caminho e, assim, tenho atamancado a vida do Estado, paralisando quási o comércio de importação, uma .vez que já não encontrava essas libras na praça.

A situação não atinge apenas o Estado, atinge também outras entidades. Têm--me passado pelas mãos documentos que provam e que mostram a necessidade de se acudir à situação geral, arranjando por todas as formas as libras indispensáveis. Eu não sei, porém, fazer dinheiro falso...

Eu, Sr. Presidente, não sou fabricante de libras; quanto a papel, porém, conforme já tive ocasião de dizer à Câmara, posso mandá-lo fabricar para efectivar pagamentos em Portugal. Para poder liquidar os encargos externos não vejo, todavia, maneira nenhuma de o fazer sem ter libras.

Esta, Sr. Presidente, é que é uma verdade, e que ninguém pode contestar.

Temos, Sr. Presidente, vários compromissos a liquidar, e, assim, não sei qual a razão da moção apresentada pelo ilustre Deputado o Sr. António Maria da Silva, que quere que a Agência Financial no Rio de Janeiro seja entregue a um estabelecimento do Estado.

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Não compreendo como isso possa ser, francamente, e não vejo meio para o fazer.