O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24

Diário da Câmara dos Deputados

elemento que habilitasse S. Ex.a a proteger os estabelecimentos de beneficência, sem que, contudo, .S. Ex.a ficasse habilitado a dispor de grandes quantias em favor da sua política partidária. Traduzi, realmente, em poucas palavras^Ssse artigo, e creio não ter errado ao fazê-lo, apesar da opinião em contrário do Sr. Manuel José da Silva. Efectivamente, não há necessidade de definir um dos termos da equação, quando se diz logo de princípio que as quantias a despender são em escudos. Não se trata já do exame de instrução primária, mas estão-me ouvindo Deputados que percebem realmente de fórmulas, e eu pregunto a S. Ex.as, se tendo já necessidade de definir por uma fórmula qualquer idea, se .'têm visto na precisão de definir a natureza de cada um dos termos dessa fórmula.

Sr. Presidente: não preciso de defender os membros da comissão de finanças, mas perante aquele diploma-de reprovação no exame de instrução primária que o Sr. Manuel José da Silva lhes passou, eu, não vendo na sala aqueles membros categorizados da comissão que teriam o direito de levantar a frase de S. Ex.a, julguei do meu dever dizer a S. Ex.* que, se para outra cousa não precisa da certeza de que esses Deputados têm o exame de instrução primária, pode S. Ex.a dormir descansado, pois que lhe afirmo que esses senhores têm todos o exame de instrução primária e estão prontos a fazê-lo novamente ainda que o examinador seja tam exigente como S. Ex.a é. (Risos).

Tenho dito.g

O orador não reviu.

O Sr. Rodrigues Braga: — Sr. Presidente: eu não acompanho o meu colega Sr. Manuel José da Silva nas suas considerações a respeito de bom ou mau emprego que os Srs. Ministros costumam fazer dessas verbas que agora se pedem, porque já outro dia tive ensejo de me referir ao assunto, expondo à Câmara o estado precário em que se encontrava a sanidade pública na terra que tenho a hon-. :ra de representar nesta casa.

Entretanto, não quero deixar de me referir aos factos graves que se têm dado nessa terra depois que usei aqui da palavra.

Manifestaram-se lá alguns casos de tifo

exantemático, e três deles foram fatais e em pessoas de representação, e que por isso podiam ter tido os cuidados que a doença requere. De Braga as autoridades pediram socorros para o poder central, e nem a costumada resposta de que não havia verba lhes foi dada desta vez. Foi preciso que as autoridades administrativas e sanitárias tomassem sobre si a responsabilidade das despesas a fazer, para que os diversos casos que se manifestaram pudessem ter sido hospitalizados.

O Sr. Domingos Cruz (em aparte): — i Mas têm sido distribuídas largas verbas para o alargamento dos cemitérios!

O Orador: — Eu devo dizerfa.V. Ex.a que suponho sempre os actos ios homens públicos como ditados pelos mais sãos princípios de justiça.

Ainda a propósito desses casos de que esta Câmara ultimamente tratou e que se deram com os Srs. António Maria da Silva e João Luís Ricardo, devo dizer que quando o Jornal publicou essa notícia estava na província e que ao lê-la causou--me tanto asco que deitei fora o jornal desviando tais notícias com a biqueira da bota.

í. Sr. Presidente: como já

E indispensável que o pai» que nos contempla e que está com atenção no que fazemos, veja o estado grave de saúde pública e que o poder central acuda aos chamamentos que lhe fazem.

Tenho dito.