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de 24 de Fevereiro de 192Í

viços e estou absolutamente convencido do contrário dó que S. Éx.a afirmou.

Se algumas dificuldades surgiram, não podem elas ser atribuídas aos nossos oficiais da administração militar, mas muitas vezes à insuficiência das dotações.

Devo dizer -^uê, quando iio desempenho do meu cargo no Corpo Expedicionário Português, eu presenciei o facto de um anunciado embarque de tropas portuguesas ter sido determinado no prazo de 48 horas, pelas autoridades inglesas, por cinco lotações diferentes.

Também vi que sendo fixado hm embarque de 33 camiões, apenas embarcou o respectivo pessoal. Os camiões não embarcaram.

Nós é que temos o hábito de apontarmos a nós próprios, o defeito de não termos espírito de organização, de termos falta de método.

O que nós não temos, e isso têm os ingleses, é a serenidade precisa para encararmos essas aparências de desorganização.

Estando encorporado numa brigada inglesa, recebi quadro ordens sucessivamente diferentes para execução duin determinado serviço, quê, afinal, não se executou.

Se essas ordens emanassem das autoridades portuguesas, o que se não diria?

Interrupção do Sr. Américo Olavo que se não ouviu.

O Orador: — Ainda a propósito do projecto em discussão, se falou da influência qiie deverão ter na nossa organização militar os ensinamentos da Grande Guerra. Nada trouxpram que nos leve a modificar o número de divisões.

Se em todas as Secretarias de Estado houvesse o mosrno critério de administração adoptado nos estabelecimentos militares, o mesmo" cuidado é economia então estou convencido de que grande seria a redução já feita nas despesas.

Um simples detalhe mostra quanto a administração da parte do Ministério da Guerra, tantas vezes atacada, tantas vezes considerada como um sorvedouro, têm sido pautados por um cuidado e zelo levados ao máximo Refiro-me ao papel usado no Ministério da Guerra e em todos os regimentos, comparado com "o papel que se usa nas variádíssimas secretarias das outras repartições do Estado.

Sr. Presidente: estas declarações vie raru iiícidèntalmèrite à discussão deste pró jecto porquê me julguei obrigado a expor um pòiico o que julgava, o que pensava sobre ele.

Para terminar ás minhas considerações e referindo-inê ainda ao projecto em discussão, direi á V. Ex.a que lhe recuso em absoluto o meu voto è éctòú perfeitamente convencido de que a Câmara reconhecendo e sentindo a necessidade que temos de, cada vez mais, procurar arreigar em todos o espírito militar, mostrando que ele é o primeiro dever de todo o cidadão, estou convencido, repito, de que â Câmara recusará o. seii voto dê aprovação àd projecto que se discute sucedendo decerto o mesmo à moção apresentada pelo Sr. Plínio Silva.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Si1. Alberto Jordão : — Sr. Presidente: dadas as relações íntimas que há entre ò projecto em discussão e um outro projecto que o Sr. Plínio Silva apresentou ê que foi para a comissão de guerra, reqúeiro que o projecto em discussão baixe, também, à comissão de guerra a fim de sobre ele dar o seu parecer.

O Sr. Plínio Silva: — Isso não pode ser. Ou sim ou não. Isso são expedientes.

O Sr. Presidente:—Está encerrada a discussão sobre a generalidade do projecto. Vai vòtar-se o requerimento do Sr. Alberto Jordão.

Posto à votação foi rejeitado.

O Sr. Vergíliõ Costa:. — Reqúeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

Fez-se a contraprova.

O Sr. ^ Presidente:—Estão de pé 35 Srs. Deputados e sentados 19. Não há número".

Vai fazer-sè a chamada.

Fez-se a chamada.

Responderam os seguintes Srs.:

Abílio Correia da Silva Marcai.

Afonso de Macedo.