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Diário da Câmara dos Deputados

não parece ter dado grande novidade ó prova que no dia imediato tive a curiosidade de verificar o câmbio sem sequer pestanejar!

Vem a seguir o Governo do Sr. Álvaro de Castro; recebido, devo recordar, na ponta das lançíis, parecendo até que. Sr. Presidente, o próprio Hamlet, encarnado no histórico gato, veio também à Câmara apontar-lhe o caminho do f convento. (Risos).

Pois Osse Governo bólide arrancou, no eintanto, ao Parlamento a aprovação do aumento da circulação fiduciária, porque todos estavam convencidos de que dentro de poucos dias não haveria com que pagar aos funcionários, ao exército e marinha, e com que fa;;er face aos encargos do Comissariado das Subsistência*.

Segniu-so o Governo do Sr. Liberato Pinto.

Estão ainda nos nossos ouvidos, e certamente registados também nas chancelarias, bancos e bolsas estrangeiras, essas pavorosas afirmações do Ministro das Finanças desse Governo, feitas com energia e desassombro. São de ontem os lances dessa batalha que durou quási dois meses; o câmbio a caminhar para zero, pagamentos em ouro inadiáveis para cobertura de créditos, para trigo, para contratos em que o Estado tinha a sua assinatura. E todos se recordam, porque é de ontem, que convidados os leaders pelo Sr. Liberato Pinto a uma reunião, nela foram confirmadas, ponto por ponto, todas as étapes da via dolorosa.

E então? Então fomos gozar as férias do entrudo tranquilamente; as Câmaras' fechadas durante doze dias. (Apoiados}.

Então ficámos sabendo que até tal e tal dia eram precisas tantos centenares de mil libras, como já tínhamos ficado no entendimento de que sem os 200:000 contos do aumento da circulação fiduciária não se pagariam os vencimentos e soldos; daqui a pouco, esgotadas as notas e feitos os tais pagamentos inadiáveis, nova emissão de notas e novas canseiras à procura do ouro, porque novos pagamentos, novas coberturas virão a surgir.

Mas o remédio? Dê onde virá ele? Ah! Sr. Presidente, <_ telegrafia='telegrafia' com='com' que='que' marte='marte' comunicar='comunicar' habitantes='habitantes' os='os' fios.='fios.' é='é' ainda='ainda' do='do' esperar='esperar' p='p' inspirem='inspirem' nos='nos' possível='possível' sem='sem' eles='eles' não='não' pela='pela'>

Apelar para o Messias? Eu sou dos que se riem dos Messias. Estio em todo o mundo, a centavo a dúzia. (Muito* apoiados).

Vale a pena, mais terra a terra, vor o que se passa nos outros países arrumados pela guerra.

Compressão, economias, valorização da riqueza pública é o brado universal.

Para os evitar devemos fazer economias, reduzir despesas, equilibrar o orçamento.

Economizar não é pagar mal aos funcionários ou pôr de parte*obras públicas produtivas.

O exemplo deve partir de cima. Ponhamos em ordem a casa nacional. O Estado deve mostrar como emprega o dinheiro dos contribuintes. Cuidemos dos trabalhos públicos; é preciso extrair reais carvão do que antes da guerra, aceitar !odas as sugestões, desde que tenham carácter prático: elevar o mais possível as receitas da marinha mercante, caminhos de ferro e correios.

Possuímos a energia dos nossos operários e a actividade das nossas ndústrias: é preciso defender os nossos interesses, pondo de acordo a acção política com a acção económica.

Em Inglaterra também se pedem orçamentos equilibrados, e cortar o casaco segundo o estofo, ganhar coafiança no estrangeiro, e dizer adeus aos empréstimos.

Na França a mesma cousa. Marshal ao tomar conta da pasta das Finanças declarou que todos os orçamentos devem passar pelo crivo, todas as despesas inúteis têm de ser assinaladas aos Ministros das pastas, convidando-o a suprimir.

E se as compressões não forem julgadas suficientes será dada mais urna volta ao parafuso.

Saber resistir a todas as sojcitudes e descontentamentos. Impõe-se a redução do pessoal, o processos de tra.balho que dêem maior rendimento, reservando-se o máximo das energias ao comércio, indústria e agricultura.