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gessâo de 24 de Fevereiro de 1921

que o Ministro das Finanças seja o próprio Presidente do Ministério, sem o que ele não poderá exercer a superintendência geral das despesas.

Léon Bourgeois segue-lhe nas águas, acrescentando: cada contribuinte sabe o que paga, mas nem sempre sabe para onde vai esse dinheiro.

Paul Doumer, actual Ministro das Finanças, defende os mesmos princípios; fixar com exactidão os compromissos do Estado; organizar orçamentos de verdade, submetendo a um controle severo os programas dos diferentes Ministros e a execução desses programas, opor-se a todos os créditos extraordinários; supressão de todos-os organismos de criação recente, fonte de despesas inúteis, incompatíveis com as exigêndias da situação financeira actual, evitando-se, porém, as aconomias que custam caras.

O grande Briand, com os seus quarenta anos de serviço público, não desdenha também de falar de compressão e economias.

. E se V. Ex.a e a Câmara pensam que no próximo Congresso Internacional do Comércio que vai realizar-se em Lisboa, alguém vai sugerir planos maravilhosos para a solução da terrível crise universal, deve ficar desapontado quando souber que o comité presidido pelo Sr. Chaumet^ que é também alguém, em França, vai apresentar uma tese sobre a necessidade de compressão de despesas e sérias economias, única maneira de remediar a tremenda crise mundial e a depressão cambial.

Citarei também as palavras de uma das mais altas individualidades de finança inglesa, registadas na imprensa francesa para a estabilização dos câmbios : nada de teorias, a realidade está unicamente nas mercadorias, produtos de toda a sorte, comodidades... e cautela com as especulações.

Todos os países devem dizer adeus aos empréstimos. A França depois de pagar a grande indemnização de 1870 atravessou um período de florescência sem precedentes porque entregando-se a um trabalho febril, inundou o mundo com os seus produtos.

(i Sabe V. Ex.a e a Câmara qual foi uma das razões alegadas por alguns estadistas americanos para justificarem o

seu desinteresse pelo parlamento internacional, a chamada Sociedade das Nações?

E o ser ela um luxo caro para que terão de contribuir mesmo as mais arrumadas nações, dando a impressão de que a velha Europa é perdulária.

Um presidente a £ 10:000; secretários a £ 5:000; 48 funcionários a £ 1:500 e até o socialista Albert Thomás recebe pelos seus trabalhos no Bureau da lága a bagatela-àe £ 6:000.

Ninguém, deve condenar a fórmula a que há pouco me referi: compressão económica e valorização das riquezas nacionais.

Eu contento-ine com bem pouco, no tocante ao funcionalismo. Não quero tirar o pão a ninguém. Não há dúvida de que, durante o sidonismo, e mesmo depois dele e à semelhança do que aconteceu nas ofensivas dos alemães, em que as divisões marchavam em vagas sucessivas, esmagando, atropelando, sucessivas vagas de milhares de funcionários avançaram sobre o orçamento e sobre as páginas do Diário do Governo, às vezes com tal fúria que as suas nomeações nem foram ao visto.

Eu peço apenas, em. nome da Nação, um armistício, que não se nomeie mais ninguém e que se iaça um convite geral a todos os funcionários não absolutamente necessários para irem para casa licenciados, pagando-se-lhes, por exemplo, 50 por cento dos ordenados, embora se dê um aumento àqueles que realmente trabalham e que produzem.

A propósito, devo citar um facto interessante : Na Direcção Geral da Contabilidade de Marinha, em 1840, quando o orçamento era apenas de 1:400 contos, havia sete funcionários; hoje, que esse orçamento, se eleva a 25:000 contos, há apenas seis funcionários, e que se desempenham admiravelmente dos seus cargos. (Muito bem).

Fez, é certo, o Sr. António Granjo uma importante redução nos quadros.