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Diário â a Câmara <_70 p='p' deputados='deputados'>

Como a Câmara sabe, por virtude dos últimos temporais, a ilha do Pico sofreu igualmente grandes prejuízos. Justo é, pois, que aos habitantes daquela ilha o benefício do projecto se ostenta.

Nesse sentido mando uma proposta para a Mesa, esperaudo que a JCâmara lhe dê"a sua aprovação.

O orador[não reviu.

O Sr. Jorge Nunes: —Pode dizer-se que fui apanhado de surpresa com a discussão deste projecto. Em princípio, não me repugna desobrigar o contribuinte do pagamento de certas contribuições mas é bom que não aproveitemos o momento om que a Câmara está distraída com a formação do novo Governo para votar uma cousa do tal magnitude.

Não posso conceber que o GovCrno entregue às câmaras municipais o proceder ao inquérito e proceder à distribuição dessa verba.

O que vejo consignado para a ilha do Pico não mo parece que não possa ser para todas as outras localidades que se encontrem na mesma situação.

Vou mandar para a Mesa uma proposta tornando extensiva esta providência a todos os concelhos que tenham sofrido igual crise.

O orador não reviu.

O Sr. Malheiro Reimão:— A Câmara está alheia ao que se passa, e nestas condições não pode votar. , Vamos isentar do pagamento de contribuição alguns concelhos. Eu, que não queria entrar no debate, protesto contra a forma como se pretende votar.

O orador não reviu.

O Sr. Jorge Nunes: — Desisto da minha proposta e substituo-a por um requerimento para que o projecto volte às comissões com as emendas apresentadas.

Foi aprovado.

O Sr. Presidente:—Acaba de chegará Mesa a notícia do falecimento do Dr. Daniel de Matos. O país perdeu um grande homem o um grande sábio. A sciência perdeu nele um dos seus mais brilhantes ornamentos.. Creio que interpreto o sentir da Câmara, propondo um voto de sentimento por ôsse facto.

O Sr. Dias Pereira: — Sr. Presidente: em nome do Grupo Parlamentar Dissidente, associo me à homenagem prestada ao ilustre professor Sr. Dr., Daniel de Matos.

Fui também dolorosamente surpreendido pela noticia do falecimento do eminente professor, e ela foi-me confirmada por seu h'llio c tarnlióm distinto professor do medicina, Dr. Álvaro de Matos.

Sr. Presidente: entendo que tam ilustro Mestre merece unia extraordinária lio menagem, e assim proponho que a Câmara em sinal de sentimento suspenda por cinco minutos os seus trabalhos, e que se enviem condolências à família do extinto, ao Reitor da Universidade, ao Director da Faculdade de Medicina e ao presidente da Câmara de Coimbra. Estas homenagens f ao devidas a q;iem foi um chefd do família exemplar, um professor eminente, um abalisado clínico e um cidadão modelar. (Apoiados).

ÍSr. Presidente: ó conhecido do todos o professor Daniel de Matos pelos serviços que prestou á sciência e^ cidade do Coimbra, defendendo-a, e à sua Unhersidado, sempre em todas as situações o sempre com proveito e prestígio para ela. Mas a República deve t-imhém a S. Kx.a assii a-lados serviços. Foi elo o Rei ror da Universidade que sucedeu ao Sr. Manuel .de Arriaga, e foi ainda o abalisado clínico que, quando o Sr. Afonso Costa esteve prestes a morrer duma grave doença, empregou todo o seu cuidado e profunllo saber para salvar S. Ex.a, o que conseguiu feli/mentc.

Daniel de Matos prestou assim à República importantes serviços, mas em todos devem ter ficado bem vivos aqueles acontecimentos da vida académica da geração de 90.

Julgo, pois, que todas as homenagens lho são devidas.

O orador não reviu.

O Sr. Malheiro Reimão:---Sr. Presidente: pedi a palavra para, e:n nome do grupo dos Deputados Independentes, me associar ao voto do sentimento que V. Ex.a acaba de propor à Câmara.