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Diário da Câmara if0* Deputados

a esta Câmara contas daí, medida g que iam tomar.

llespondeu quem de direito devia responder, e nós só tínhamos de aguardar os acontecimentos.

Sucedeu, porém, que, tendo eu tratado de várias despesas efectuadas em França, na Inglaterra, na Itália o na América, ninguém se lembrou de vir directamente fazer reclamações contra o que eu afirmara, a não ser o nosso adido militar em Paris, que nesse sentido se me dirigiu por várias vezes.

A propósito de tal incidente, chegaram até mim reclamações do vária espécie, umas vezes assinadas, outras anónimas; escreverarn-se artigos enxovalhando-me e insultando.me, artigos cujas atirmyções eu devolvo, por não reconhecer nos seus autores a categoria necessária para as fazerem.

Chegou-se mesmo a fazer réplica neste Parlamento, e, por último, apareceu uma como que ode pindárica do próprio adido em Paris, cujo aspecto mostra bem que quem a fez dispõe de largos meios. Nesse folheto faz-só,'todavia, uma afirmação absolutamente falsa e caluniosa. Afirma--se que eu fui encontrado em Paris com um, agente de Sidónio Pais.

É fal-so, porque eu jamais estendi a mão a traidores à Pátria. Se S. Ex.a acha natural passear em Paris com o chefe do estado maior do dezombrjsmo, está bem; isso é com S. Ex.a Eu é que nunca mantive relações com as altas figuras do si-donismo.

O adido militar em Paris, no referido folheto, acaba a sua defesa—quo, aliás, não é mais do que a comprovação de tudo quanto a tal respeito afirmei — por fazer referência àquilo a que S. Ex.a chama as minhas costumadas saladas parlamentares e jornalísticas.

Pois bem; que não se ocupe S. Ex.a das minhas saladas, para que lhe não falte o tempo de saborear o seu suculento prato de 63 contes por ano.

O orador não reviu.

O Sr. Vitorino Guimarães: — Sr. Presidente : pedi a palavra para me referir a algumas afirmações feitas pelo Sr. Leote do Rego, para que a Câmara não fique com uma má impressão a respeito do que acaba de ouvir.

Trata-so dum ataque pessoal, cujas causas eu não quero conhecer—feito a um oficial do exército e nosso colega nesta Câmara, que, como republicano, tem serviços quo merocem o respeito do todos, e que, como militar, teve durante a guerra uma conduta que todos aqueles que lá estiveram apreciaram devidamente.

Sr. Presidente : eu gostava muito de que o Sr. Loote do Rogo me dissesse se, considerando exagerados os vencimentos que recebe o adido militar em Paris, também não considera exagerados os vencimentos do adido militar em Madrid, que são exactamente os mesmos, Sr. .Presidente, sem a diferença de um centavo.

O Sr. Leote do Rego: — Sr Presidente: devo decla-rar à Câmara qae, quando tratei aqui do assunto, me releri a todos os adidos militares, achando todos os vencimentos que Cies recebem exagerados.

O Orador:—Estou vendo, Sr. Presidente, que esta questão, pelos folhetos quo têm sido publicados, se está tornando numa questão pessoal, eri quo não quero entrar de maneira nenhuma, por não mo dizer respoito. O que desejava, Sr. Presidente, é que estivesse presente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, visto .se ter tratado aqui da questão dos vencimentos, para lhe preguuíar qual a razão por que esses vencimentos foram aumentados, pois não se compreende que os antigos -tivessem 5 libras diárias e os actuais tenham 6 libras.

Tenho dito.

O orador tião reviu.

O Sr. Leote do Rego: — Sr. Presidente: pedi a palavra para explicações, para dizer ao Sr. Vitorino Guimarães que quando tratei da questão nesta Câmara a tratei duma forma geral, tendo considerado exagerados todos os vencimentos.

Tenho dito.

O orador não reviu. .