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Sessão de 7 de Março de 1921

Quero, no emtanto, inais uma vez afirmar que a proposta aceita em escudos era mais vantajosa do que outras que foram apresentadas em ouro.

Sr. Presidente: no jíltimo concurso apareceram duas propostas, respectivamente de 400 e 372 xelins; só eu sei as dificuldades com que estava lutando.

Essa proposta dizia que o vapor estava a chegar a Lisboa e a outra não dizia o tempo que faltava.

Eu disse: o vapor deve estar a chegar a Lisboa, o outro não sei quando chega,' fico com essa proposta que é mais barata, mas, emquanto^não tive resposta segura, não tive sossego na minha pasta.

Tendo eu deixado o Grovêrno, no dia 2 ou 3, e recebendo uma carta dizendo-me que o vapor tinha chegado aos Açores, fiquei descansado, pois vinha' a tempo e então já descansado, disse ao Sr. Cristóvão Moniz que era bom mandar circulares, a todos os concorrentes.

A comissão não entendia assim, mas eu julguei melhor, pois, embora fosse contra os preceitos, trazia para os cofres do Estado 400 e tantos" contos.

Depois vem o Ministério do Sr. Ber-nardino Machado e as respostas não chegaram a serem abertas.

Falou-se também em inquérito sobre esses malfadados contratos, cuja responsabilidade não me pertence.

A certa altura o Ministro das Finanças comunica"que, na primeira oportunidade, seriam abertos os créditos indispensáveis, e os ofícios em favor da casa Torlades sucederam-se então.

O que é interressante é que, já demissionário, recebi um ofício da comissão importadora de trigos em que se dizia que, tendo sido abertos créditos em favor de carregamentos, mais caros, julgava necessárias quaisquer instruções sobre o assunto. A leitura de tal ofício encheu-me de indignação, por isso que o presidente dessa comissão era, ao mesmo tempo director geral do coméacio ^agrícola, funcionário do Estado e por consequência perfeito conhecedor dos factos.

O Ministro tomou, então, a respeito desse funcionário que não soubera cumprir o seu dever, informando mal, o procedimento que, em sua consciência, julgou conveniente.

Ultimamente, segundo li ^no .Jornal^

muito se tem falado em actas de determinada comissão. Não conheço o caso, mas ypu pedir cópia não só dessas actas como também de todos QS documentos que se relacionam com Q assunto que é absolutamente indispensável esclarecer para que aquelas criaturas que, sob todos" ^os protestos, procuram difamar os homens da Bepública tenham de engulir todas as suas. calúnias e todas as suas intrigas.

Há, porém, uma circunstância interessante no meio de tudo isto e que, pela sua coincidência, é bem significativa. Esta campanha contra mim levanta-se exactamente no momento em que se começa a propalar que iria para a pasta da Agricultura.

Ora eu devo dizer que não estou nada arrependido do que fiz; criei ódios, é certo,^mas zelei os superiores interesses do Estado.

Sr. Presidente: por hoje não me alongo em mais considerações e termino requerendo que esses documentos a que me . referi venham à Câmara, para que eu possa fazer inteira luz sobre o caso e dar todas as explicações ao Parlamento, que, aliás, são 4a mmha obrigação] dar-lhe. (Apoiados).

Tenho dito.

Q discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Presidente: — Já há número para as deliberações.

O Sr. Norton^de Matos pediu há pouco, para três projectos de lei que .enviou para a Mesa,^ urgência e dispensa da impressão dos pareceres .das comissões, para que eles possam" entrar na/discussão logo que cheguem à l^esa.

Os Srs. Deputados que aprovam Equj@t-ram levantar-ge.

foi aprovado.

0|Sr. Presidente: — Também o°Sr. Go-dinhõ do'Amaral pediu que fosse cônsul-: tada a Câmara sobre se permitia que entrasse imediatamente em discussão q parecer n.° 650-C.

Os Srs. Deputados que aprovam queiram levantar-se.