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Diário da Câmara dos Deputados

marães implicaria a generalização debate.

do

O Orador:—Não é necessário possuir uma inteligência muita arguta para o prever.

Dizia eu, Sr. Presidente, que me reservo o direito de voltar ao assunto, não só para pedir responsabilidades, mas ainda para fazer os comentários que o facto comporta. Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando este restituir, revistas, as notas taquigráfaas que lhe .foram enviadas.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros não f et revisão dos seus «apartes».

O Sr. Nuno Simões: — Sr. Presidente: pedi a palavra para explicar a minha ati-tudo na sessão nocturna de ontem.

O Sr. Domingos Pereira, Ministro dos Negócios Estrangeiros, fez referências a uma notícia publicada no jornal que eu dirijo. Ora eu devo dizer que nessa notícia se não acusava S. Ex.a pela prática de qualquer facto consumado que dalgu-ma forma desprestigiasse S. Ex.a

Apenas se disse que seria necessário ter muita cautela e cuidado para que factos consumados não tivéssemos de lamentar, de prejuízo para o País.

Foi isso que se disse no jornal que dirijo, porque esse jornal não entra em cabalam políticas nem em campanhas contra quem quer. que seja; e, no caso presente, limitou-se a trazer a público aquilo que nos meios políticos se dizia e que era necessário que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros explicasse.

Em face do que disse ao Sr. Vitorino Guimarães e ao Sr. António Granjo, apenas tenho que me felicitar pelo facto do meu jornal ter abordado um assunto tam importante, e tenho também o maior prazer em registar as declarações do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, com prazer, repito, porque sou português e porque sou republicano.

Oxalá que as afirmações que S. Ex.a produziu sejam tudo quanto tem de ficar deste incidente. As declarações do Sr. Vitorino Guimarães justificam as palavras que a esse propósito 'no jornal que dirijo hoje se referiram. Tenho dito. .

O-orador não reviu.

O Sr. Vitorino Guimarães: — Sr. Presidente: pouco tempo tomarei à Câmara. Quero apenas referir-me a duis ou três pontos do discurso do Sr. M:.nistro dos Negócios Estrangeiros.

Em primeiro lugar, eu devo dizer que fiz muitos esforços para não fe^er uso da palavra sem que S. Ex.a estivesse presente, porquanto se S. Ex.a tivesse ouvido todas as minhas considerações, S. Ex.a não se teria referido a certos assuntos como se referiu.

S. Ex.;l sabia que eu há muito desejava falar sobre a questão das reparações, porque lhe tinha mandado uma nota de interpelação.

Se houve alguma cabala política, eu devo dizer que apenas no interesse do País e no direito de Deputado eu fundamentei as minhas considerações. Sou absolutamente alheio a qualquer cabala política.

Também o que me levou a falar foi a entrevista que S. Ex.a concedeu ao- jornal O Século.

Foi por isso que eu quis dizer ao Parlamento qual tinha sido o esforço por mim empregado, e, se alguma falta houve, ela não me pode ser atribuída, porque envidei todos os esforços, quer da trabalho quer de inteligência, para que a missão que desempenhava fosse tam completa quanto as minhas forças permitiam. Também devo dizer que me admirei cue S. Ex.a se referisse à maneira como foi feita, a minha substituição, -pois eu tive ocasião de dizer nesse meu discurso qi;.ais os motivos que determinaram a pedir a minha demissão.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros

(Domingos Pereira) (interrompendo): —

O,Orador:—Não senhor. V. Ex.a conhece-me muito bem, e sabe que se fosse por quaisquer actos de V. Eu.* eu não tinha mandado o telegrama de estima que enviei nesse momento.