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Sessão de 10 e li cie Março de 1921

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foi realizada. A França nos dá o grande exemplo de até hoje não ter precisado de recorrer à dissolução, desde 1905.

Isto, Sr. Presidente, ó nma verdade de direito constitucional; e assim pregunto eu: £ porque é que em Portugal se não há-de fazer essa concentração de todas as forças, tendente a melhorar a nossa acção política ?

O Parlamento é muito capaz de governar, e este Governo-espera, e há-de demonstrá-lo, que, • pela concentração dós Partidos que o compõem, há-de resolver as questões que se encontram pendentes para bem da Pátria e da República.

Eu disse há pouco que o Sr. António Granjo não me fará oposição, antes pelo contrário, pois estou certo que S. Ex.a está pronto a colaborar com o Governo.

S. Ex.a recordou ainda à Câmara, que quando, da sua estada no front, fora convidado por mim, quando lá fui, a ir visitar-me para lhe apertar a mão; a mão, Sr. Presidente, 'com que ao seu lado eu fiz aquela campanha republicana que de V. Ex.a é bem conhecida, pelo que se vê que eu não me esqueci do companheiro de outros tempos.

Assim, pregunto eu, £ porque não há-de ser agora também meu colaborador?

Permita-me V. Ex.a que lhe chame a sua atenção e lhe recorde essa camaradagem, que então existia entre nós, isto é, no tempo em que V. Ex.a era um rapaz e eu o velho que sou hoje, se bem que um pouco mais novo, e assim lhe diga que S. Ex.a na sua alta posição na vida política não é nem Centrista, nem evolu-cionistâ: o Sr. António Granjo representa o Partido Unionista, representa portanto a União Sagrada. (Apoiados).

O Sr. António Granjo fez conosco a política da intervenção militar; fez tudo qnanto pôde para esta glorificação de Portugal, e fez connosco, a política de união que levou à intervenção de Portugal na guerra, que foi absolutamente indiepensá-vel para o prestígio da Nação.

O Sr. António Granjo, Sr. Presidente, ao terminar o seu discurso, recordo-me bem, disse que fazia votos e esperava que este Governo, por mim presidido, não tivesse p mesmo final que eu desgraçadamente tive em 1917.

Esses votos não os aceitei.

é E sabem V. Ex.as porquê? Porque em 1917 quem caiu não fui eu, foi a Repu-blica.

Tenho dito.

O orador foi muito'Cumprimentado.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Presidente:—Está encerrado o debate político.

O Sr. Ministro da Guerra (Álvaro de Gastro):—Pedi a palavra para mandar para a Mesa várias propostas, para as quais requeiro a V. Ex.a a urgência.

Tenho dito.

O Sr. Presidente:—A próxima sessão é na segunda-feira à hora regimental. Está encerrada a sessão. Eram 18 horas e 35 minutos.

Documentos enviados para a Ilesa durante a sessio

Projectos de lei

Do Sr. Augusto Dias da Silva, António Francisco Pereira, José de Almeida, Manuel José da Silva (Porto) e Ladislau Batalha, concedendo amnistia completa por delitos políticos, sociais e militares praticados em campanha.

Para o «Diário do Governo».

Volta para ser submetido à admissão.

Do Sr. Alves dos Santos, sobre a reorganização do ensino público. Para,o «Diário do Governo». Volta para ser submetido à admissão.

Proposta de lei

Do Sr. Ministro da Justiça, regulando a forma de aplicação da parte dos salários dos presos correcionais.

Aprovada a urgência.

Para a comissão de legislação civil e comercial.

Requerimentos