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Diário da Câmara dos Deputados
sito, ditando as palavras da entrevista publicada pelo jornal O Século. Por conseqüência não me podem ser aplicadas as alusões que há pouco fez o Sr. Presidente do Ministério.
Não levantei nem levanto suspeições.
Discordo da maneira como se procedeu e mais nada.
Neste caso da venda do vapor Lima se o concurso público se tivesse realizado os homens públicos que nela intervieram não teriam ficado inteiramente ao abrigo das suspeições a que se refere o Sr. Presidente do Ministério?
Era eu pois quem estava com a razão.
Tenho dito.
O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (António Maria da Silva): — Uso novamente da palavra apenas por uma atenção pela Câmara e, muito especialmente, pelo Sr. Velhinho Correia, e não porque eu me sinta na obrigação de apontar aqueles a quem serve a carapuça que talhei.
Eu referi-me simplesmente àquelas pessoas que, mostrando ter tam pouca consideração pela honra alheia, provam ter ainda menos pela sua própria.
Refiro-me a todos que levianamente, e muitas vezes inconscientemente, pretendem anavalhar a reputação dos outros.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Vou comunicar à Câmara as seguintes substituïções nas comissões do Regimento, de finanças, de infracções e faltas e de instrução superior:
Comissão do Regimento:
João Queiroz Vaz Guedes substituído por Delfim de Araújo Moreira Lopes.
Comissão de finanças:
Abranches Ferrão substituído por Fausto de Figueiredo.
Comissão de infracções e faltas:
Rocha Saraiva substituído por Lúcio dos Santos.
Comissão de instrução superior:
Rocha Saraiva substituído por Lúcio Martins.
Para a Secretaria.
O Sr. Presidente: — Ainda estão inscritos dois Srs. Deputados para falarem sôbre o assunto que está em ordem do dia, mas, como está a chegar a hora de se encerrar a sessão, eu vou dar a palavra aos Srs. Deputados que a pediram para
Antes de se encerrar a sessão
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Carvalho da Silva.
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: vi nos jornais uma notícia que diz que o Govêrno pensa dissolver as câmaras municipais de Elvas e Castelo Branco, com o fundamento de se ter dado o caso de, numa das suas primeiras sessões, ter sido considerada inoportuna a apresentação, que foi feita por alguns vereadores republicanos, duma moção de saudação ao Chefe do Estado, visto que as câmaras municipais são destinadas a administrar e não a fazer política.
Evidentemente que em nenhuma câmara municipal se poderá pensar fazer qualquer acto de menos respeito para com o Chefe do Estado, mas também não deve entender-se que elas devam ocupar-se de assuntos que tenham carácter político, quando o necessário é fazer boa administração para que as cousas saiam do mau caminho que têm trilhado.
Creio que uma semelhante notícia carece em absoluto de fundamento, pois o Govêrno cometeria uma arbitrariedade, visto que não há lei alguma que lhe permita fazer a dissolução das câmaras municipais.
Desejo que o Sr. Presidente do Ministério me diga o que há a tal respeito.
Aproveito ainda, Sr. Presidente, a ocasião para protestar contra os factos que se passaram em Abrantes e Oliveira de Azeméis a quando da posse das câmaras municipais, em que teve de intervir a fôrça pública para impedir que os eleitos do povo tomassem conta dos seus lugares.
Já que estou com a palavra, Sr. Presidente, aproveito a ocasião para dar umas explicações à Câmara sôbre umas palavras aqui proferidas, na sessão transacta, pelo ilustre Deputado o Sr. Lino Neto, que lamento não ver presente.
Devo dizer, Sr. Presidente, que tanto