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Diário da Câmara dos Deputados
ção Crista da Mocidade, devo dizer que a não desconheço, e tanto assim que eu tenho entre mãos uma proposta relativa ao caso que tenciono em breve apresentar ao Parlamento.
Tenho dito.
O orador não reviu.
A requerimento do Sr. lavares ferreira, é autorizada a comissão do orçamento a reünir na quinta-feira, durante a sessão.
O Sr. Dinis da Fonseca: — Estranho, Sr. Presidente, que o Sr. Tôrres Garcia venha a esta Câmara lançar acusações sôbre uma associação de estudantes de Coimbrã, sem ter O cuidado de apontar razões justificativas do fundamento dessa acusação, sem indicar claramente os motivos que o levam a apodar essa associação de indisciplinada e, até, de malcriada — o têrmo é de S. Ex.ª
Se o ilustre Deputado tivesse provado com elementos de valor que o Centro Académico da Mocidade Cristã tinha realmente procedido menos correctamente, eu seria o primeiro a condenar o facto.
Sr. Presidente: o ilustre Deputado veio pedir ao Estado protecção oficial para o Triângulo Vermelho; isto é, o Estado a proteger uma associação protestante e estrangeira, que toda a gente sabe que se sustenta com dinheiro vindo da América, e que assim vai entre nós promovendo a desnacionalização.
Apoiados.
É para esta associação que o Sr. Tôrres Garcia vem pedir protecção oficial do Estado, o que não é muito justo, nem a Constituïção o permite!
Parece-me que hão é por esta forma que se fazem acusações sem as provar; não é assim que se lança um labéu contra uma associação, que tem os seus estatutos, e merece toda a simpatia, seja de quem fôr.
Apoiados.
Tenho dito, por agora.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando nestes termos restituir as notas taquigráficas que lhe forem enviadas.
O Sr. Tôrres Garcia: — Sr. Presidente: acêrca da veracidade das acusações que eu aqui fiz, basta para a Câmara eu tê-las afirmado.
O Triângulo Vermelho em França distinguiu-se bem pela sua acção, emquanto a associação católica nada fez.
No Triângulo Vermelho não se ensina religião, mas ùnicamente sport.
Falei irritado, e justamente irritado, pois conheço os factos que se têm passado com essa associação; por exemplo, os assaltos feitos em ocasiões de conferências educativas que merecem a consideração de todos.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando nestes termos restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
Continua em discussão o parecer n.º 281 (fixação do vencimento anual dos professores de canto coral nus faculdades de letras).
O Sr. Nuno Simões: — O Sr. Ministro da Instrução Pública referiu-se ontem a umas considerações que tive a honra de fazer, e significou que elas eram injustas.
S. Ex.ª sabe muito bem que eu não peco por exagero no julgamento dos homens públicos.
Sr. Presidente: foi o próprio Sr. João Camoesas que pediu que esta proposta fôsse discutida, e assim dói-me a injustiça com que fui apreciado por S. Ex.ª
Se o Sr. Ministro da Instrução Pública estava convencido de que a proposta era uma necessidade para bem do ensino e da educação estética das novas gerações universitárias, S. Ex.ª deveria ter indicado essas razões: devia expô-las à Câmara e ao País.
Mas, àparte as palavras de injustiça que o Sr. Ministro da Instrução Pública pronunciou, pretendendo frisar uma pretensa injustiça da minha parte, S. Ex.ª declarou mais uma vez que havia dentro desta proposta uma questão de facto. Indicou até a obra realizada pelo padre Elias de Aguiar.
Ora, de facto, da minha bôca não saiu uma palavra que pudesse deminuir os méritos artísticos do padre Elias de Aguiar, ainda mesmo não vendo nêle um «Grande Elias».
Começou S. Ex.ª por pedir que se fizesse justiça ao padre Elias.