O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

21
Sessão de 20 de Março de 1923
a circulação privativa do Banco, por cada 70:000 que o Govêrno lançar, o que corresponde a 20:000 contos.
Isto além dos 40:000 contos de nova moeda subsidiária, que também se pretende lançar em circulação.
Àparte do Sr. Velhinho Correia que não se ouviu.
O Sr. Presidente: — Devo prevenir V. Ex.ª do que faltam, apenas cinco minutos para se entrar no período de antes de se encerrar a sessão.
V. Ex.ª deseja concluir ou ficar com a palavra reservada?
O Orador: — Fico com a palavra reservada.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
Antes de se encerrar a sessão
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: peço ao Sr. Ministro das Finanças a fineza de transmitir ao Sr. Presidente do Ministério as seguintes considerações:
Como prova da liberdade dêste regime, como prova dos processos seguidos pelas autoridades, como sanção dada a todos os actos de banditismo cometidos pelos desordeiros, na sexta-feira última, antevéspera do acto eleitoral, um empregado das Juventudes Monárquicas Conservadoras, excelente chefe de família o homem pacatíssimo, foi raptado, para nunca mais tornar a aparecer, apesar de a família o outras pessoas só terem farto de o procurar.
Foram à esquadra das Mercês saber se tinha sido preso.
Responderam que não.
Foi procurado no Govêrno Civil; porém a resposta qure lhe deram foi de que não estava lá ninguém com aquele nome.
A família procurou-o por todos os pontos, isto é, no hospital e na morgue, ninguém lhe sabendo dar notícia dele.
Só na segunda-feira lhe foi dito no Govêrno Civil que êle estava preso e incomunicável.
Eu pregunto realmente ao Sr. Ministro das Finanças, se isto é procedimento defensável.
Isto é tudo quanto há de mais revoltante, e por isso peço ao Sr. Ministro das Finanças o obséquio de transmitir ao Sr. Presidente do Ministério as considerações que acabo de fazer para que S. Ex.ª tome as providências necessárias, a fira. de que êstes casos se não repitam, pois a verdade é que não podemos continuar a viver num regime dêstes.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro das Finanças (Vitorino Guimarães): — Sr. Presidente: pedi a palavra para dizer ao ilustre Deputado Sr. Carvalho da Silva que transmitirei ao Sr. Presidente do Ministério as considerações que S. Ex.ª acaba de fazer.
Devo porém dizer-lhe que tenho quási a certeza de que o caso se não devo ter passado da forma como S. Ex.ª indicou à Câmara.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — A próxima sessão é logo às 21 horas, com a ordem que está indicada.
Está levantada a sessão.
Eram 19 horas e 35 minutos.
O REDACTOR — Herculano Nunes.