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Sessão de 2 e 7 de Maio de 1923
Repito, Sr. Presidente, tenho o máximo pesar pela atitude assumida pelo Sr. Cunha Leal, mas julgo que o que há a fazer é o Poder Executivo marcar nova eleição pelo círculo por onde S. Ex.ª foi eleito, elegendo-se assim um outro represente, de não menos valor.
Interrupção do Sr. António Correia que se não ouviu.
O Orador: — Peço a V. Ex.ª o obséquio de prevenir o Sr. António Correia.que não quero que me interrompa.
Esta é a minha opinião, e para terminar devo dizer mais uma vez que lastimo profundamente a saí da do Sr. Cunha Leal, pois a verdade é que, fazendo as considerações que apresentei, não tive o intuito de censurar fôsse quem fôsse, pois o meu ánico desejo é que a República se prestigie,,para o que necessário se torna organizarmos as contas e aprovarmos os orçamentos.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Lino Neto: — Sr. Presidente: o único fito da minoria católica o procurar levantar o País tanto quanto possível, e neste sentido e dentro desta orientação, eu devo dizer a V. Ex.ªs que a minoria católica acompanha gostosamente a proposta do ilustre Deputado Sr. Agatão Lança, por isso que ela se impõe a todos os respeitos;
Sr. Presidente: o ilustre Deputado Sr. Cunha Leal tem talento, sendo por isso um elemento de muito boa colaboração nesta casa do Parlamento.
Se é certo que as maiorias têm os seus direitos, podendo dispor dos seus votos como queiram, não menos certo também que as minorias têm os seus direitos, e, assim, eu devo dizer que, tendo começado a discussão do Orçamento pela meia noite, a prorrogação da sessão até se votar o orçamento do Ministério do Comércio, um dos mais importantes, representou, de facto, uma violência, motivo por que a minoria católica votou contra essa prorrogação.
Por isso a, minoria católica aplaude a proposta do Sr. Agatão Lança para que a sessão se interrompa, a fim de poderem iniciar-se os necessários entendimentos entre a minoria e a oposição nacionalista.
Quanto às manifestações do nosso feitio de meridionais, elas são próprias da nossa raça e temos do contar com elas. Divergimos pelo pensamento, mas pelo sentimento estamos todos unidos.
Votando a proposta do Sr. Agatão Lança, concorremos todos para a boa marcha das cousas políticas da nossa terra.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: emquanto que, em geral, todos os políticos desejam atingir vertiginosamente as mais altas culminâncias, eu sou um político que pensa apenas em manter-se equilibradamente dentro da acanhada posição que me é marcada pelos meus merecimentos.
Isso me dá o direito de expor a minha opinião, sem que de tal resulte uma quebra de disciplina partidária, ou menos consideração pelo meu ilustre correligionário que há pouco falou em nome da maioria, o Sr. José Domingues dos Santos.
Eu julgo, Sr. Presidente, necessário reviver um pouco os pormenores, que rodeiam o incidente parlamentar que acaba dê se produzir e, sobretudo, chamar a atenção do Sr. Presidente do Ministério para a segurança e estabilidade do seu Govêrno e para a necessidade de pôr em execução as medidas que S. Ex.ª teve preparadas há quatrocentos e tantos dias.
Pretendeu o Govêrno que os orçamentos fossem aprovados a tempo e horas, e pretendeu, também, que êles fossem apreciados com a máxima latitude. Era legítima e era justa essa pretensão.
Para- que essa apreciação pudesse ser feita em tais termos, perfilhou a maioria uma proposta apresentada na sessão transacta por um Deputado da oposição o Sr. Alberto Xavier.
Em volta da atitude da maioria, aliás absolutamente lógica, levantou-se uma tremenda questão.
A maioria transigiu e o seu leader, o Sr. Almeida Ribeiro, chegou mesmo a