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Sessão de 14 de Maio de 1923
volução «benemerente», como disse o Sr. Almeida Ribeiro, em que o partido democrático voltou a tomar couta do Poder, o câmbio veio imediatamente para baixo, descendo sempre, descendo até 5 de Dezembro de 1917, em que houve nova subida cambial, a segunda das duas únicas que houve na Republica.
Em 5 de Dezembro o câmbio começou a subir, até quando? Até Janeiro de 1919 em que a Republica «benemerente» do Sr. Almeida Ribeiro voltou a tomar conta das rédeas do Poder.
Êstes são os factos concretos e elucidativos.
É esta a razão por que nós, que defendemos os princípios conservadores, visto que só êstes podem restabelecer no País a confiança indispensável para a melhoria das condições de vida dos portugueses, hão podemos votar a proposta.
O movimento revolucionário de 14 de Maio, além de tudo, foi um movimento em que mais uma vez se quebrou a disciplina indispensável nas fôrças públicas de terra e mar. E já que falo ao carácter dêsse movimento, em que entraram as forças de terra e mar, tenho muito orgulho, em nome dêste lado da Câmara, em saudar com muito entusiasmo o exército e a armada portugueses, fazendo votos para que possam continuar, como até hoje, a glorificar o nome de Portugal como o tem glorificado nas páginas de ouro da história do nosso País.
O orador não reviu.
É lida a proposta do Sr. Almeida Ribeiro, do teor seguinte:
Proponho que na acta da sessão se consigne uma saudação a todos quantos só empenharam no triunfo do movimento revolucionário de 14 de Maio de 1915 para o restabelecimento da Constituïção da República; e a nossa sentida homenagem aos que nesse movimento pereceram ou sofreram em suas pessoas ou nos seus bens. — Almeida Ribeira.
É admitida.
O Sr. Joaquim Ribeiro: — Desejo associar-me de coração à homenagem a todos aqueles que no dia 14 de Maio se bateram, para restabelecer em Portugal a Constituïção da República Portuguesa.
O movimento de 14 de Maio foi um movimento de ordem, um movimento feito por aqueles que tinham votado a Constituïção, que tinham proclamado a República e que, como uma vez se tinham batido para implantar a República, se bateram para restabelecer a Constituïção no dia 14 de Maio.
Apoiados.
O movimento de 14 de Maio foi um movimento feito por aqueles que acima de tudo eram republicanos.
Apoiados.
Foi com espanto que ouvi aqui um Deputado monárquico classificar de contrário à ordem o movimento de 14 de Maio e declarar-se partidário da ordem.
Desde que a República se proclamou, têm sido numerosas as desordens provocadas pelos monárquicos. Em todos os movimentos contra a República encontramos a marca monárquica.
No dia 14 de Maio o general Pimenta do Castro vestiu a farda para enxovalhar os republicanos. O general perdeu a partida é nós ganhámo-la honrosamente, confiados no nosso destino.
Sr. Presidente: o que se viu foi que estava bem montada a máquina monárquica; em todas as revoluções que se fizeram para provocar a desordem entraram monárquicos, e a revolução do 14 de Maio foi uma revolução ordeira e não se pode comparar com êsses movimentos como a «leva da morte» e outros...
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Mas que têm os monárquicos com isso?
O Orador: — Homens que têm na sua história o contrato dos tabacos e os adiantamentos não têm o direito de falar em moralidade.
Apoiados.
Vários àpartes.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — E os Bairros Sociais, os Transportes Marítimos e a Exposição, do Rio de Janeiro...
Vários àpartes.
O Orador: — Não estavam Republicanos metidos nessas porcarias.
O 14 de Maio é uma data de ordem e saúdo aqueles que o fizeram, lastimando os que morreram gloriosamente.
Apoiados.
O orador não reviu.