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Diário da Câmara dos Deputados
Ministério dá Marinha tem tomado, êle tem sido estudado com o maior carinho e interêsse.
Relativamente à parte scientifica do assunto, nEo desconhece a Câmara que entre nós se encontra um distinto oceanógrafo, um professor dos mais ilustres, o Sr. Tulet, que em breve deve fazer várias conferências, a pedido do Ministério da Marinha, numa das salas da Faculdade de Sciências.
Quanto à parte meramente legislativa daquela medida, a comissão de inquérito às pescas está ultimando os seus trabalhos, e dentro em pouco habilitar-me há a trazer à Câmara uma proposta nesse sentido.
Como disse, reservarei para uma ocasião mais oportuna tratar das escolas de pesca, que será quando fôr trazida ao Parlamento a respectiva proposta.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Pires Monteiro: — Sr. Presidente: não tencionava entrar na discussão dêste capitulo. Todavia, quero chamar a atenção do Sr. Ministro da Marinha para o facto de se depreender do Orçamento que tendo nós uma marinha nas circunstâncias precárias de todos conhecidas, a queremos dotar com duas escolas navais.
Assim, se V. Ex.ª, Sr. Ministro, consultar o Orçamento, verá que no capítulo em discussão está incluída a verba de 100 contos para obras de reconstrução do edifício da Escola Naval, e ainda a verba de 400 contos para a continuação das obras da Escola Naval.
Será intenção dotar o país com duas escolas navais, ou êste edifício destina-se a outra aplicação?
Sr. Presidente: se assim é, deve definir-se claramente o objectivo dessa construção, para que não se desperdicem verbas que porventura podem ter melhor aplicação.
Mas há mais.
Não compreendo que neste capítulo esteja inscrita a. verba de 100 contos para obras no pôsto de telegrafia sem fios de Monsanto, e haja no capítulo 2.º outra verba destinada a material radio telegráfico.
Eu sei que o Sr. Ministro da Marinha me vai responder, ser tal verba destinada à aquisição do material.
Certamente S. Ex.ª tem o seu plano assente, e deve orientar a Câmara para darmos o nosso voto com completo conhecimento do assunto.
E uma questão técnica, cujo alcance pedagógico não desconheço, definir qual a orientação do nosso estado maior naval acêrca da existência da escola dos futuros oficiais da armada, na cidade de Lisboa, a bordo de qualquer navio ou na margem esquerda do Tejo. Seguimos o critério, já antigo, de estabelecer a Escola Naval em terra. Tem defensores. Mas duas escolas navais para tam minguado número de discentes é demasiado.
O Sr. Presidente: — Tenho a prevenir o orador de que é chegada a hora de se passar à parte da sessão destinada aos Srs. Deputados que pediram a palavra para antes de se encerrar a sessão.
O Orador: — Só pronunciarei mais umas palavras para concluir as minhas considerações, Sr. Presidente.
O Sr. Ministro da Marinha, que teni vindo a esta Câmara dizer quanto se interessa em fazer a melhor fiscalização das nossas costas, certamente tomará as necessárias providências com respeito ao assunto dá pesca, e hei-de referir-me à verba que se acha inscrita no orçamento. Estando a hora adiantada, termino por agora as minhas considerações, pedindo a V. Ex.ª que me reserve a palavra para a próxima sessão.
O Sr. Presidente: — Fica V. Ex.ª com a palavra reservada para a sessão da noite.
Não estando presentes os Srs. Deputados que pediram a palavra para antes de se encerrar a, sessão, vou encerrar os trabalhos, marcando, a sessão nocturna para as 21 horas e meia, com a mesma ordem que estava marcada para a ordem do dia.
Está encerrada a sessão.
Eram 19 horas e 20 minutos.
Documentos enviados para a Mesa durante a sessão
Comunicação
Comunica-se que a comissão de guerra, na falta dos Srs. Deputados que es-