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Diário da Câmara dos Deputados
para discutir, e havendo ainda a notar que se aproxima a eleição presidencial, que de certo não poderá fazer-se apenas com meia soberania nacional.
Provavelmente, V. Ex.ª, Sr. Presidente, deixará, agora, de ocupar essa cadeira, e portanto eu, desde já lhe apresento os, meus, cumprimentos, reconhecendo, como igualmente toda a Câmara o reconhecerá também (Apoiados), que V. Ex.ª se desempenhou da difícil missão de presidir às nossas reuniões com toda a imparcialidade e com muita inteligência.
Apoiados.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Fausto de Figueiredo: — Sr. Presidente: começo por agradecer ao Sr. Ferreira de Mira as palavras amáveis e imerecidas que me dirigiu.
Como Deputado independente, cumpre-me também saudar o Partido Nacionalista por voltar a esta casa do Parlamento.
A intervenção que tive no conflito não envolve a importância que possam querer atribuir-lhe; ela resultaria absolutamente estéril se, porventura, não houvesse a boa vontade de resolver o caso da parte daquelas pessoas a quem pelas minhas relações pessoais me dirigi sôbre o assunto.
É dever meu citar alguns nomes.
Desde a primeira hora encontrei o ilustre chefe do Govêrno animado de melhoros intentos em contribuir para a solução do conflito, salvando, é claro, o prestígio ligítimo do seu partido.
Igualmente o Sr. José Domingues dos Santos se prontificou, com a maior boa vontade, a conversar com os seus colegas no partido a que pertence, por maneira a todos contribuírem para uma solução honrosa.
Cumpre-me também salientar que o meu querido amigo Sr. António Fonseca deu também o seu interessante e importante concurso à resolução do conflito.
Adentro do Partido Nacionalista por igual encontrei boas vontades, permitindo-me lembrar os Srs. Deputados e meus amigos Ginestal Machado e Cunha Leal.
Nem sequer por parte das minorias católicas e monárquicas apareceu a mais leve dificuldade; pelo contrário, todos os seus representantes demonstraram sempre o maior desejo em que terminasse a situação em que se estava.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. António Fonseca: — Sr. Presidente não causará decerto estranheza a ninguém que ao terminar o conflito — como se lhe chama — com o Partido Nacionalista, eu use da palavra para me congratular com o regresso dos parlamentares dêsse Partido aos trabalhos desta Câmara.
Sr. Presidente: uma análise pouco cuidadosa dos acontecimentos pode atribuir-me qualquer espécie de responsabilidade nos sucessos parlamentares dos últimos tempos; a verdade, porém, é que eu sinto a consciência tranquila de não ter produzido, nem um acto, nem um gesto, já não digo com intenção, mas com o significado, de, sequer ao menos, provocar ou agravar qualquer conflito parlamentar.
Fiz uma proposta de alteração ao Regimento, que tive o cuidado de previamente apresentar aos leaders dos partidos. Ninguém me disse que se essa proposta fôsse apresentada à Câmara abandonaria os trabalhos parlamentares.
Se me tivessem dito qualquer cousa que se parecesse com isso, eu seria a primeira pessoa a não apresentar essa proposta.
Mas vou mais longe: é que se me tivessem informado disso, mesmo durante a discussão, eu teria tomado a iniciativa de pedir a todas as pessoas, que porventura concordavam comigo, o favor de discordarem, a fim de eu poder retirar a proposta.
Mas nesse conflito eu não tive, nem tenho, qualquer responsabilidade; atravessei o, tenho inteiramente a consciência disso, sem que a minha inteligência me possa dar hoje a idea dum acto do qual tenha de me arrepender, por ter agravado um partido, uma instituição essencial ria República, ou mesmo qualquer indivíduo.
Fiz a minha proposta no intuito em que faço todas as propostas que apresento à Câmara — e desejo repeti-lo não só em relação às que já apresentei, mas às que porventura, venha a apresentar — para