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Sessão de 22 de Junho de 1923
dará o seu apoio a tudo quanto é útil ao País.
Congratulando-me mais uma vez com êsse regresso, e desejaria que aqui nos empenhássemos em tratar dos problemas que representam os altos interêsses nacionais.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Ferreira de Mira: — Começo por agradecer aos representantes nesta Câmara dos Partidos Democrático, católico e monárquico as palavras amáveis que nos dirigiram, e não só as palavras de agora como as pronunciadas em várias circunstâncias, de que o conflito houvesse terminado sem ter havido concessões vergonhosas da parte de ninguém.
Igualmente tenho a fazer os meus agradecimentos ao ilustre Deputado Sr. Leote do Rêgo, não esquecendo a acção de S. Ex.ª e outros Deputados independentes neste conflito.
O ilustre Deputado Sr. Fausto de Figueiredo nas démarches que fez, encontrou da parte dos políticos dos dois lados da Câmara e do Sr. António Fonseca a melhor vontade na resolução do conflito.
Reconheço ao ilustre Deputado Sr. António Fonseca que os seus intuitos, ao apresentar a proposta que deu lugar a êste incidente, não foram outros senão facilitar os trabalhos desta Câmara, mas há-de permitir-me que, reconhecendo êsses intuitos, reconheço que o conteúdo da sua proposta era inaceitável.
A nossa atitude foi motivada pelo princípio que se introduziu no Regimento, desde que o Partido Democrático revogou as alterações tao Regimento, desde a proposta do Sr. Álvaro de Castro até a proposta do Sr. António Fonseca, e revogou por que não estava contente com êles.
O facto da revogação é que nos interessa, e como o Partido Democrático há-de trazer as suas idéas à Câmara, nós as discutiremos, mas à luz do dia, sem pensamentos reservados.
Os homens precisam manter a sua dignidade e os partidos também, e tam respeitável é a dignidade do Partido Democrático como a do Partido Nacionalista.
Resta-me agradecer ao Sr. Presidente do Ministério as palavras de congratulação pela nossa vinda.
Tem S. Ex.ª jus que eu em nome do Partido Nacionalista lhe renda os mais calorosos agradecimentos.
A nossa atitude será de aplauso a todas as medidas que reconheçamos úteis, combatendo todas as que sejam prejudiciais.
Damos ao Govêrno um crédito de confiança quando se trate de ordem pública ou questões internacionais.
Não faremos oposição intransigente, mas também não nos encontrará naquela fórmula: laissez passer, laissez faire.
Não estamos aqui com os cem olhos de Argus, mas com aqueles que temos para ver o que convém aos interêsses do País.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigrájicas que lhe foram enviadas.
O Sr. Presidente: — Tendo tido conhecimento do falecimento de uma filha do Sr. Eugénio Aresta, proponho um voto de sentimento.
Foi aprovado por unanimidade.
Negócio urgente
Desejo tratar em negócio urgente, na sessão de hoje, da recente absolvição do bombista e assassino Manuel Ramos e de uma maneira geral do defeituoso funcionamento dos júris criminais. — Manuel fragoso.
O Sr. Presidente: — Tem a palavrão Sr. Manuel Fragoso, para tratar do seu «negócio urgente».
O Sr. Manuel Fragoso: — Pedi na sessão de ontem ao Sr. Ministro da Justiça a fineza de comparecer hoje aqui.
Começo, pois, por agradecer a atenção prestada ao meu pedido e a atenção que vai prestar decerto às minhas, palavras, que não têm a importância, pela pessoa que as profere, mas que têm, porventura, importância pela causa que lhes deu origem, pela magnitude do assunto que desejo tratar na sua presença.
Se outras fossem as circunstâncias da actual vida portuguesa, se não estivesse-mos num período de urgente discussão de tantos e tantos problemas, eu mandaria para a Mesa uma nota de interpelação ao