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Sessão de 22 de Junho de 1923
dizer ao País qual é a minha opinião em face de determinados problemas, visto que, de mais a mais, não pertenço hoje a nenhum partido.
E poderia mostrar a V. Ex.ª por actos meus neste Parlamento que nunca me moveu outro intuito; contudo, friso apenas que até o momento presente, sendo Deputado desde 4. 911, nunca pedi a qualquer Deputado o seu voto sôbre qualquer questão, que se tenha aqui debatido.
Não o fiz, nem o farei jamais!
Caminho para todas as questões inteiramente só o caminho, sobretudo, com uma cousa que me dá autoridade cá dentro e lá fora, com o intuito da verdade.
Fora dêste, nunca tive. outros intuitos.
Na proposta de que resultou o conflito eu não tive senão o intuito de renovar uma cousa velha, mas que me parecia poder dar bons resultados. E ninguém poderá deplorar mais do que eu êsse conflito, por ter sido indirectamente a sua causa. Por isso me considerava o mais atingido pelas consequências do deplorável conflito, que poderiam ser desagradáveis para a República, mas que felizmente se saciaram para bem de nós todos e do prestígio do regime.
Mas houve, em consequência dêsse conflito, questões posteriores que muito chocaram não só já os meus brios, mas até por vezes os meus próprios sentimentos.
Eu tive o desgôsto de ver algumas pessoas dirigirem-me as piores acusações, quando, de facto, eu tinha o direito 4e supor que não podia merecer dessas pessoas nenhuma espécie de retaliações, nem de acusações, nem, sobretudo, de agravos.
Vê, V. Ex.ª, Sr. Presidente, que uma pessoa que durante tanto tempo, mais de uma vez, esteve nesta situação que acabo do descrever a V. Ex.ª, tem o direito de afirmar, sendo acreditado por todos, que tem uma alta satisfação e uma grande alegria por ver o Partido Nacionalista retomar os. trabalhos parlamentares. Congratulo-me com isso e, no pouco que fiz para êsse resultado, sinto-me inteiramente satisfeito por ver que se sanou um conflito com honra para todos e acautelando devidamente os interêsses nacionais.
Sr. Presidente: o Sr. Ferreira de Mira, referindo-se à atitude do Partido Nacionalista, disse querela seria a mesma de independência em relação ao Govêrno e aos outros partidos.
Se a alguém pode agradar isso, é a mim, e ainda por mais essa razão felicito os parlamentares, do Partido Nacionalista, certo de que a sua yplta a esta Câmara trará consigo uma nova era de trabalho parlamentar profícuo, como todos desejamos.
Por consequência, associo-me inteiramente, em meu. nome pessoal, a todos os votos que se façam nesta, Câmara de congratulação pelo regresso dos parlamentares nacionalistas ao seio da representação nacional.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. José Domingues dos Santos: — Sr. Presidente: foi sempre com os olhos postos nos mais altos interêsses da República que o Partido Republicano Português, procedeu.
Temos ouvido dizer muitas vezes nesta casa do Parlamento que o respeito, pelas disposições regimentais é a garantia fundamental dos direitos das oposições, e talvez por isso é que nos poderemos, satisfeitos, constatar com factos, não com palavras, que são, inúteis, que todas as alterações ao Regimento têm partido sempre do lado das oposições.
A primeira alteração ao Regimento partiu do ilustre Deputado Sr. Álvaro de Castro. O Partido Republicano Português limitou-se a aprovar essa alteração.
A segunda partiu do Sr. Alberto Xavier. O Partido Republicano Português limitou-se também a aprová-la.
A terceira alteração do Regimento partiu, do ilustre Deputado Sr. António Fonseca, e o Partido Republicano Português limitou-se a aprová-la, não havendo ninguém de boa fé, que possa dizer que houve da parte do Partido Republicano Português o intuito de esmagar o direito das oposições, que reivindicam para si aquilo tudo que é da sua opinião.
Foi mesmo nesse intuito que nós votámos a proposta do Sr. António Fonseca.
Não criamos conflito algum com quem quer que fôsse.
Mantivemos essa opinião, e ainda hoje a mantemos.
Apoiados.