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Sessão de 5 de Julho de 1923
outras vias directas a êste quartel general.
Segundo o mesmo oficial me declarou, foi-lhe fornecida por uma praça europeia portuguesa, fugida de Nhamacurra, e por um indígena do K. A. K., mas que lhe merece todo o crédito.
Por êste indígena foi mais declarado que, tentando fugir, encontrou em várias direcções fôrças inimigas que não chegaram a entrar no ataque a Nhamacurra.
Para a defesa de Quelimane conto com a seguinte guarnição:
112 praças de marinha desembarcadas dos navios de guerra ingleses;
30 praças de marinha de guerra portuguesa desembarcadas do cruzador Adamastor;
100 auxiliares indígenas; Cerca de 60 civis europeus, instruídos ultimamente, e cêrca de 30 civis nativos; Três navios de guerra. A Quelimane estão a chegar as seguintes fôrças:
Duas companhias indígenas inglesas, transportadas de Lindi no vapor Luabo, que S. N. O. diz deve chegar hoje, mas que, a meu ver, só amanhã aqui podem estar;
Duas companhias portuguesas, embarcadas em Lourenço Marques no Chinde, que hoje, de madrugada, deve ter partido daquele pôrto;
Uma companhia portuguesa que deve embarcar em Lourenço Marques, no vapor Ibo, que amanhã deve partir daquele pôrto.
Sendo de presumir que o inimigo se dirija sôbre. Quelimane, conforme informações que a êste quartel general têm sido fornecidas pelo comando em chefe, deliberei reunir um conselho de oficiais composto de oficiais portugueses e ingleses, a fim de o ouvir sôbre os seguintes pontos:
1.º Com as fôrças que guarnecem Quelimane é possível resistir ao inimigo, apresentando-se em fôrça?
2.º Dispostas as fôrças na orla da vila, têm condições de aguentar e resistir a um ataque em fôrça que se pronuncie em qualquer ponto?
3.º A reserva, deminuta fôrça de marinha, é bastante para fazer contra-ataques?
4.º Deverão as fôrças retirar de Quelimane em direcção oposta à do inimigo, para não sujeitar a vila a ser arrasada, e esperarem reuir-se a outras fôrças, para então o atacar?
Quelimane, 4 de Julho de 1918. O comandante das fôrças portuguesas em operações, Tomás de Sousa Rosa, coronel.
E fácil de calcular o efeito que o desastre de Nhamacurra produziu nos ingleses, que por todas as formas procuravam deminuir a nossa acção. Nhamacurra é da sua responsabilidade.
Os efectivos que eu tinha em Quelimane eram, como se vê, muito reduzidos. Não tinha apoios nem reservas.
Reuni o conselho de oficiais, não para pedir ensinamentos, porque eu muito bem sabia o que tinha de fazer, mas porque o regulamente de campanha me impunha essa obrigação, não para declinar responsabilidades, porque o mesmo regulamento é bem claro e explícito em tal assunto.
As responsabilidades são todas do comandante.
Não intervim na discussão com uma palavra.
Somente disse que as respostas aos quesitos deviam ser o mais concisas possível: sim ou não.
Todos os presentes usaram da palavra e discutiram entre si.
Terminada a discussão, chamei a um gabinete o chefe do estado maior, capitão Eduardo Viana, a quem ordenei que redigisse imediatamente as ordens para a distribuïção das fôrças no sentido que a defesa de Quelimane se efectivasse até ao último extremo.
As respostas que o chefe do estado maior deu aos quesitos foram plenamente concordantes com a minha maneira de ver.
Houve sempre entre nós o mais completo acôrdo e unidade de vistas durante a campanha.
Da acta que se lavrou e que aqui tenho, constam as respostas que os oficiais presentes deram aos quesitos apresentados.
Passo a ler êste documento na parte a que me refiro:
«1.º Major Feijó Teixeira, encarregado do govêrno: ao 1.º quesito respondeu concretamente à pregunta: não; ao 2.º,