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Sessão de 3 de Agosto de 1923
pela morte do Presidente dos Estados Unidos da América, à qual nos ligam as melhores relações de amizade e que a todos pode servir de exemplo.
O orador não reviu.
O Sr. Morais Carvalho: — Sr. Presidente: as relações de amizade entre Portugal e os Estados Unidos, traduzidas ainda agora pela estada em águas portuguesas de uma esquadra americana, justificam plenamente a homenagem proposta por V. Ex.ª pela morte do Presidente daquela grande República.
Sr. Presidente: essas homenagens, além de traduzirem um acto de justiça às qualidades de prestígio e saber dêsse Chefe de Estado, servem para significar à nação americana a parte que nós tomamos na sua dor.
Por isso, em nome dêste lado da Câmara, me associo sentidamente às propostas de V. Ex.ª
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Agatão Lança: — Em meu nome pessoal associo-me às propostas de V. Ex.ª, de sentida homenagem pela morte do Presidente Harding, permitindo-me lembrar a conveniência de se comunicar o nosso voto de sentimento à Câmara de Washington ou então ao vice-presidente do Senado que, segundo a Constituïção, é já o novo Presidente da República dos Estados Unidos.
O orador não reviu.
O Sr. Pedro Pita: — Porque se trata de um Chefe de Estado julgo que a sessão deve ser levantada em sinal de sentimento e não apenas suspensa por meia hora.
Mando, por isso, uma proposta neste sentido.
Foi lida e admitida.
É do teor seguinte:
Proponho o encerramento da sessão em sinal de sentimento pela morte do ilustre Presidente da República dos Estados Unidos da América. — Pedro Pita.
O Sr. Joaquim Ribeiro: — Sr. Presidente: não esperava realmente que, depois da comemoração feita em virtude do falecimento do Presidente da República Americana, se pensasse em inutilizar esta sessão com a homenagem ao ilustre extinto.
Apoiados.
Não sei se é praxe seguida quando da morte de Chefes de Estado; todavia bastam os 30 minutos de suspensão dos nossos trabalhos, para que possamos prosseguir depois trabalhando como é necessário.
O orador não reviu.
O Sr. Almeida Ribeiro: — Este lado da Câmara, embora sentindo a morte do Chefe de Estado de uma nação amiga, entende que a proposta de V. Ex.ª é bastante para comemorar êsse falecimento.
A proposta no sentido de encerrar a sessão êste lado da Câmara associar-se há; mas propõe que V. Ex.ª convoque outra sessão para outra hora, por exemplo para as sete e meia.
O orador não reviu.
O Sr. Cancela de Abreu: — Sr. Presidente: creio que sempre foi praxe parlamentar que, em homenagem a um Chefe de Estado, que faleça, se encerre a sessão.
Por maioria de razão esta devia encerrar-se, visto tratar-se de um Chefe de Estado de uma grande nação, que é, por todos os motivos, uma nação a quem devemos todas as homenagens.
É um dever que se impõe acima de tudo.
Não quisemos fazer proposta igual à do Sr. Pedro Pita, para que se suspendesse à sessão, a fim de que se não supusesse que havia qualquer intenção; mas não podemos deixar de dar-lhe o nosso voto.
Pode haver considerações de ordem geral, que dominem actualmente a Câmara; parece-me, porém, que se impõe acima de tudo uma razão de ordem internacional.
Parece-me que a Câmara não pode deixar, apesar dos inconvenientes que isso traz, de votar a proposta do Sr. Pedro Pita, a fim de que a sessão seja encerrada definitivamente.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Domingos Pereira): — Sr. Presidente: em nome do Govêrno associo-me à