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Sessão de 26 de Setembro de 1923
de saudade e de justiça à sua memória e de ali evocar os serviços prestados à República por êsse prestimoso cidadão.
Não podemos — ali o disse o aqui o repito — esquecer que José Barbosa fez parte do directório do antigo Partido Republicano Português, do directório que fez a República e que a proclamou em 5 de Outubro.
Se na República há títulos de nobreza, êsse é um dos que, de entre os melhores, podemos relembrar.
Além, disso, José Barbosa, num meio de fáceis competências e em que para se ser grande homem basta apenas benevolência, José Barbosa era alguém de verdade, alguém pela sua inteligência, pelo seu valor e pelo seu carácter.
Apoiados.
José Barbosa era um sabedor, era um estudioso e, em muitos assuntos, uma verdadeira autoridade.
Associo-me, pois, sentidamente às homenagens prestadas por V. Ex.ª, Sr. Presidente, aos parlamentares falecidos durante o interregno parlamentar, àqueles que foram meus correligionários e, também, aos que o não foram; para todos vai o preito da minha saudade e do meu respeito.
Apoiados.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Lino Neto: — Por parte da minoria católica, associo-me ao voto de sentimento pela morte dalguns colegas nossos desta Câmara.
Reconheço que todos êles fazem falta ao País e por isso acompanho a manifestação de pesar proposta pela Mesa.
Associo-me, também, ao voto de sentimento pelo falecimento do pai do nosso colega Pina de Morais e do filho do nosso colega Infante da Câmara.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Como Deputado por Cabo Verde, não posso deixar de me associar, muito especialmente, ao voto de pesar que acaba do ser proposto pelo falecimento do ilustre republicano que foi José Barbosa.
Três dias antes da sua morte, ainda José Barbosa afirmava a sua inquebrantável fé nos destinos da República, mau grado o desânimo de algumas pessoas que o rodeavam.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro da Justiça e dos Cultos (Abranches Ferrão): — Em nome do Govêrno associo-me comovidamente ao voto de sentimento que a Mesa acaba de propor, e digo comovidamente, porque na verdade se trata de pessoas que à Pátria prestaram os mais relevantes serviços.
O orador não reviu.
O Sr. Agatão Lança: — Sr. Presidente: pedi a palavra para em meu nome pessoal me associar ao voto de sentimento proposto pela morte de todos aqueles que desapareceram durante o interregno parlamentar.
Sr. Presidente: associo-me a esta manifestação da Câmara, sincera e comovidamente, não podendo deixar de, como marinheiro, salientar o nome de Ferreira do Amaral, que foi um dos oficiais mais distintos da nossa armada, pois a verdade é que a sua folha de serviços, o zêlo e a inteligência que soube manifestar nos altos cargos adentro da marinha, mostram bem os altos serviços por êle prestados à Pátria.
Para mostrar o que êle foi como marinheiro, bastará citar a célebre viagem que êle fez em que teve de passar o Cabo da Boa Esperança em condições de temporal bastante perigosas, viagem esta que foi transcrita nos anais militares do Club Naval de Inglaterra, razão por que, Sr. Presidente, toda a marinha de guerra portuguesa não pode deixar de sentir profundamente a sua perda.
Não posso, também, Sr. Presidente, deixar de me referir ao ilustre e antigo parlamentar Sr. José Barbosa, de quem tive a honra de merecer simpatia, tendo recebido dele as maiores provas de estima e consideração.
José Barbosa foi um velho republicano, um republicano no tempo da monarquia, pelo que teve de sair de Portugal após o 31 de Janeiro.
Êle prestou à República os maiores serviços e a maior dedicação, tendo, no emtanto, já adentro da República, isto é, adentro do regime que êle ajudou a im-