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Diário da Câmara dos Deputados
ças, o Sr. Velhinho Correia, novo titular dessa pasta, tem dado relevantes provas nesta Câmara da sua capacidade, e do seu amor por questões financeiras e económicas, questões que estuda e acompanha, procurando tirar dos diversos problemas as melhores soluções, e defendendo-as no Parlamento.
Tem dado provas brilhantíssimas, que bem justificam a sua chamada para o novo exercício ministerial, em que já não é a primeira vez que tem dado as suas provas.
Os novos Ministros podem, pois, contar com a nossa colaboração.
Pelo que respeita aos motivos que o Poder Executivo invocou para a convocação extraordinária do Congresso da República, êste lado da Câmara não pode deixar de concordar com a urgência apontada, reconhecedendo-a absolutamente procedente, como necessária para resolução de alguns aspectos de questão nacional.
Defendemos a prorrogação, e não podíamos deixar de concordar com a necessidade e oportunidade da presente convocação extraordinária.
Concluo as minhas breves considerações afirmando que êste lado da Câmara colaborará, tanto quanto puder, nos termos das boas praxes parlamentares, dentro desta Câmara com o Ministério António Maria da Silva em todas as medidas que tendam à resolução de problemas urgentemente, reclamadas pelo interêsse do Tesouro Público.
O orador não reviu.
O Sr. Ginestal Machado: — Sr. Presidente: pedi a palavra para, em nome dos parlamentares nacionalistas, responder às considerações feitas pelo Sr. Presidente do Ministério.
Pesa-me que S. Ex.ª não esteja na sala e que assim eu tenha de responder às suas considerações na ausência de S. Ex.ª
É sempre desagradável fazer referências a pessoas que não estão presentes, e muito mais tratando-se de uma pessoa sôbre quem pesam tantas responsabilidades políticas, como são as responsabilidades de S. Ex.ª
Certamente qualquer motivo do fôrça maior obrigaram S. Ex.ª a ausentar-se da Câmara nesta ocasião, e não foi, de certo, por menos respeito para com a oposição que o fez: faço-lhe essa justiça.
O Sr. Almeida Ribeiro (interrompendo): — S. Ex.ª ausentou-se por motivo de falta de saúde.
O Orador: — Lamento muito êsse motivo, porque tenho as melhores relações com S. Ex.ª, e faço votos pelas suas melhoras.
O Sr. Presidente do Ministério dividiu o seu discurso em duas partos, realmente distintas.
Na primeira parte pretendeu justificar as razões por que tinha remodelado o seu Ministério, explicando a entrada dos novos Ministros.
Tenho a maior consideração pelos novos Ministros, e S. Ex.ªs não devem levar a mal que não lhes faça referências especiais, tendo como tenho por todos a maior estima e por isso desejaria muito mais que S. Ex.ªs ocupassem um lugar a que têm direito, até pela sua coragem cívica, num Ministério novo.
Feitas estas considerações, quero referir-me à substituição da pasta das Finanças.
O Sr. Velhinho Correia vem substituir o Sr. Vitorino Guimarães, e p Sr. Vitorino Guimarães, a quem presto toda a minha homenagem, não quis deixar o Govêrno sem se esquecer de atirar uma pedra ao Parlamento.
S. Ex.ª disse que se tinham votado aumentos de despesa, mas esqueceu-se de que o Govêrno tinha concordado com êsses aumentos de despesa, e se assim não fôsse êles não teriam sidos votados.
Isto é que é necessário lembrar e acentuar.
As oposições têm muitas vezes que combater certas medidas, pois que mais vale às vezes que elas não sejam leis do País.
É essa, até, a melhor colaboração da oposição.
Em política não é dos lugares do Govêrno que melhor se vêem as questões.
O dever das oposições, repito, é muitas vezes evitar que cortas disposições sejam leis do País e esta deve ser a sua melhor colaboração, como também disso.
E entro agora na segunda parte da declaração ministerial sôbre a convocação do Congresso, que realmente muito