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Diário da Câmara dos Deputados
melhor homenagem que poderá prestar-se à sua memória, continuarei a empregar todos os meus esfôrços para que a sua obra continue a desenvolver-se, porque ela honra, também, os esfôrços da própria República.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Almeida Ribeiro: — Sr. Presidente: pedi a palavra para, em nome dêste lado da Câmara, me associar ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª pela morte do Padre Oliveira cuja obra eminentemente social é um testemunho notável, de dedicação e zêlo.
E, pois, de toda a justiça que recordemos a sua memória com respeito e com apreço o rendamos homenagem às suas qualidades e virtudes.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Baptista da Silva: — Sr. Presidente: associo-me ao voto proposto por V. Ex.ª pela morte do Padre Oliveira. Como director da polícia de investigação do Pôrto, desde 1914, eu tive ocasião de ver os esfôrços que êle empregava sempre na regeneração dos menores.
Infelizmente, êsses esfôrços não frutificaram tanto quanto êle desejava, porque os recursos prestados por parte do Estado eram na verdade mesquinhos.
Assim, na Tutoria da Infância do Pôrto, não podem estar internadas mais de 30 a 40 crianças, porque as receitas são insuficientes; e então, sucede que um rapaz que é preso pela primeira vez e enviado à Tutoria fica muito surpreendido quando o mandam em liberdade em vez de o afastarem da vadiagem. Preso a segunda e a terceira vez acontece-lhe o mesmo e está um criminoso feito.
Nestas circunstâncias, lembro ao Sr. Ministro da Justiça que no próximo orçamento do seu Ministério procuro obter maiores dotações para essas casas de protecção à infância, porque só assim se poderá evitar a vadiagem infantil, principalmente em Lisboa e Pôrto. Se assim se não fizer, as Tutorias passarão a ser mais escolas de crime do que de regeneração moral.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Paulo Menano: — Sr. Presidente: pedi a palavra para, em nome dêste lado da Câmara, me associar ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª pela morte do Padre Oliveira, essa extraordinária figura a quem se está prestando homenagem.
Todos nós devemos guardar na nossa alma, como homenagem a êsse prestimoso cidadão, o culto pela sua memória, porque êle bem o merece. Êle foi um bom. Dedicou-se de alma e coração à regeneração de menores, e deu a êsses serviços tudo quanto podia dar da sua extraordinária bondade.
Louvando-me nas palavras do Sr. Baptista da Silva, aproveito o ensejo para dizer que há uma necessidade absoluta de continuar a obra que êle com tanto carinho defendeu, para evitar a propagação do crime que vai aumentando dia a dia.
É preciso que quanto antes se dê o máximo incremento à obra de assistência infantil por que o falecido tanto pugnou, de modo a poder demonstrar-se que o regime ampara todos os valores que carecem dêsse amparo para caminhar com segurança na vida.
E, porque se trata duma homenagem justa e merecida, eu tenho muita honra em me associar a ela, pronunciando algumas palavras do preito e consideração pela memória do ilustre extinto.
O orador não reviu.
O Sr. Carvalho da Silva: — Em nome dêste lado da Câmara, associo-me ao voto de pesar pelo falecimento do padre Oliveira.
O Sr. Dinis da Fonseca: — Em nome da minoria católica, associo-me ao voto de sentimento proposto pela Mesa.
O padre Oliveira foi incontestavelmente uma figura de destaque no nosso meio acanhado e egoista, que deixou atrás de si uma valiosa obra de trabalho em prol da regeneração da infância.
A melhor maneira de prestar à sua memória uma homenagem condigna é, sem dúvida, mantendo e aperfeiçoando essa obra.
Mas o que tem feito o Estado nesse sentido até hoje?
De que espécie de repressão tem lan-