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Diário da Câmara aos Deputados
O Orador: — O que convém saber é se se deve elevar a circulação fiduciária.
O Sr. Carvalho da Silva: — Mas V. Ex.ª aumentou ou não a circulação fiduciária?
O Orador: — O problema não é êsse. O problema, é se, dada a situação difícil criada ao País pelo Poder Legislativo — e eu não enjeito a cota parte que me pertença nessas responsabilidades — no aumento do deficit devem ser tomadas as medidas necessárias para obviar a êsse mal. O que interessa principalmente é essa questão.
Só o que é preciso saber é se é preciso ou não aumentar a circulação fiduciária. Êste é que é o problema.
O Sr. Morais Carvalho: — O problema não é êsse. Só o que se quere saber é se se aumentou ou não a circulação fiduciária.
Apoiados.
O orador: — Eu penso que não se deve aumentar a circulação e só V. Ex.ªs, que aqui estão reünidos para isso resolverão. O que eu sei é que feitas aã rectificações nós temos um deficit de 1:000 contos por dia.
V. Ex.ªs não se interessam por isto?
O Sr. Nuno Simões: — Temos tanto interêsse como V. Ex.ª
O Orador: — Aqui tem V. Ex.ª a situação. É preciso ou não aumentar? V. Ex.ªs o dirão; e devem lembrar-se que temos- 1:000 contos por dia de deficit.
O Sr. Morais Carvalho: — O que V. Ex.ª quere dizer é que aumentou.
Apoiados.
Vários àpartes.
O Orador: — Quanto à segunda parte, a que respeita aos títulos, eu irei informar-me pois nada até hoje chegou ao meu conhecimento; mas vou informar-me e direi a V. Ex.ª o que houver a êsse respeito.
O discurso será publicado na íntegra guando a orador haja restituído as notas taquigráficas.
O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (António Maria da Silva): — O ilustre Deputado Sr. Morais Carvalho chamou a minha atenção para um caso da posse de uma junta de Monte Redondo, concelho de Tôrres Vedras, dizendo que a autoridade não a tinha deixado tomar posse.
Em mandei instruções, para o governador civil transmitir ao seu delegado, ordenando-lhe o cumprimento da lei.
A outra pregunta é com respeito à crise ministerial.
Devo dizer que o Sr. Ministro da Agricultura ainda pertenço ao Ministério.
S. Ex.ª escroveu-me uma carta que é do conhecimento público, pois foi publicada na imprensa.
Pelos serviços que S. Ex.ª tem prestado, eu instei com S. Ex.ª para. que ficasse no Ministério, pois aí mesmo tinha oportunidade de explicar a conveniência de se extinguir ou não o Ministério da Agricultura.
Se houver crise, na devida oportunidade informarei V. Ex.ª
O orador não reviu.
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: ontem o Sr. Cunha Leal tratou nesta Câmara da questão da circulação fiduciária.
Hoje o Sr. Morais Carvalho fez uma pregunta ao Sr. Ministro das Finanças, e S. Ex.ª não respondeu.
Isto não pode ser.
O país precisa saber se foi o n não aumentada a circulação fiduciária em 115:000 contos ou mais, tudo fora dos limites da autorização.
O Sr. Ministro das Finanças recusou-se a responder, a dar contas ao Parlamento e ao país da aplicação dos dinheiros públicos.
Ao Sr. Presidente do Ministério formulo esta pregunta:
Aumentou-se ou não a circulação fiduciária?
Igualmente desejo que o Sr. Ministro das Finanças me responda a outras preguntas que lhe vou formular.
É certo ou não, que o Govêrno na gerência do seu antecessor empenhou em Londres dois títulos da dívida externa que estavam na posse da Fazenda Pública?
Sim ou não?!