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Sessão de 12 de Dezembro de 1923
que não fôra o comité revolucionário que fadara com o Sr. governador civil, mas um membro do Partido Radical. Àpartes.
Nem mais uma palavra com relação a êste incidente. Fica bem claro que não quis dar curso a um boato que em minha consciência seria infundado, mas quis provocar da parte do Ministro do Interior as palavras necessárias para acabar com êsse boato.
Àpartes.
Àparte do Sr. Lelo Portela que não se ouviu.
Só tenho a dizer que, se algum membro do Partido Democrático tivesse cooperado no movimento, certamente o directório do meu Partido o teria riscado do Partido.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. António Correia (para explicações): — Sr. Presidente: só quero dizer que não dirigi palavra de censura ao Sr. João Camoesas.
S. Ex.ª sabe que pela amizade que nos liga eu seria incapaz de querer ser desagradável a S. Ex.ª
O Sr. Jorge Nunes: — V. Ex.ª, Sr. Presidente, pode dizer-me quantos são os oradores que estão inscritos?
O Sr. Presidente: — São dois.
O Sr. Jorge Nunes: — V. Ex.ª podia fazer o favor de me indicar os nomes dêles?
O Sr. Presidente: — Os oradores que estão inscritos são os Srs. Amadeu de Vasconcelos e António Maria da Silva.
O Sr. Jorge Nunes — Muito obrigado V. Ex.ª
O Sr. Vitorino Godinho: — Sr. Presidente: pedi a palavra para chamar a atenção do Sr. Presidente do Ministério para acontecimentos verdadeiramente anormais e irregulares que se estão passando com as autoridades administrativas do concelho de Ancião.
Eu devo dizer ao Sr. Ginestal Machado que, absolutamente confiado na correcção de S. Ex.ª e no seu carácter, estou absolutamente convencido de que S. Ex.ª, depois das informações que vou apresentar à Câmara, procederá de harmonia com a lei e dentro da justiça.
Sr. Presidente: as autoridades administrativas do concelho de Ancião, ajudadas por uma fôrça de infantaria 7 (e seria êste o momento oportuno para preguntar ao Sr. Ministro da Guerra se o exército serve para casos desta natureza), impediram, por meios os mais violentos, o regular funcionamento da Câmara Municipal daquele concelho, prendendo o Presidente da Comissão Executiva, cuja prisão na verdade não foi mantida, prendendo igualmente o chefe da secretaria e tendo fechado as portas da Câmara, levando as chaves e guardando-as em seu poder.
Parece-me, Sr. Presidente, que desnecessário será acrescentar quaisquer outros comentários, estando certo de que S. Ex.ª procederá em harmonia com a lei e com a justiça.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente do Ministério (Ginestal Machado): — Sr. Presidente: começo por agradecer as palavras amáveis que o Sr. Vitorino Godinho me dirigiu, pois a verdade é que não tenho outro intuito senão cumprir a lei.
Folgo muito, Sr. Presidente, que o ilustre Deputado no dia de hoje tivesse feito semelhante declaração.
Relativamente ao assunto a que S. Ex.ª se referiu, eu vou informar-me e procederei em harmonia com a justiça que pretendo respeitar e fazer respeitar.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. António Maia: — Sr. Presidente: tinha pedido a palavra para antes de encerrar a sessão, justamente para fazer as declarações que já tive ocasião de fazer; porém, o meu desejo era que o Sr. Presidente do Ministério desmentisse o boato a que me referi, caso o possa fazer.
Tenho dito.
O Sr. Presidente do Ministério (Ginestal Machado): — Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar ao ilustre Deputado Sr. António Maia e à Câmara que