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6 Diário da Câmara dos Deputados

cipal, a Associação Comercial e a Associação Comercial e Industrial daquela localidade.

S. Exa. também acha imoral que o inspector clínico se possa ausentar das Caldas durante o tempo em que está encerrado o balneário.

Mas para que necessita êle estar ali, se não tem funções oficiais a desempenhar, desde Novembro a Maio seguinte?

O Sr. Carlos Pereira : — E porque é que agora lhe mandam dar mais 120 escudos?

O Orador: — É uma gratificação, pois não pode ter duas subvenções.

O regulamento obedeceu ao espírito de justiça, posso afirmá-lo sob a minha palavra de honra.

S. Exa. estranhou que eu viesse defender o Sr. Ministro do Trabalho, certamente por não me achar categoria suficiente.

Não apoiados.

Eu não defendi o Sr. Ministro do Trabalho porque S. Exa. não carece da minha defesa. Defendi apenas o novo regulamento do Hospital D. Leonor, com a mesma, autoridade com que o Sr. Carlos Pereira Q combate.

Terminando, vou lembrar à Câmara um caso mais ou menos picaresco passado no tempo da monarquia:

Câmara Leme, tendo apresentado um projecto sôbre responsabilidade ministerial, todos os dias se referia a êsse projecto. E falou sôbre êle durante quarenta dias

Rafael Bordalo Pinheiro, numa das suas admiráveis páginas, desenhou Câmara Leme a tocar o realejo da responsabilidade ministerial. Se o notável caricaturista ainda pertencesse ao número dos vivos, poria agora nas páginas do seu jornal o Sr. Carlos Pereira a tocar o realejo do Hospital D. Leonor ou apresentá-lo-ia, assim, em louça das Caldas para dar um sabor local à «graça».

Risos.

O Sr. Carlos Pereira: — O Sr. Pedro Ferreira vem novamente referir-se às minhas considerações; e uma vez que tenho na mão a manivela do realejo, é possível que eu o faça dançar.

É para admirar que certas pessoas venham para aqui defender mais propriamente o lugar do que o Ministro que o deu.

Será melhor ficar por aqui do que enveredar por caminhos que nos levam a falar em interêsses, particulares.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — O Sr. Pedro Ferreira requereu que entrasse em discussão o parecer n.° 612.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — V. Exa. podia dizer-me se êsse requerimento é no sentido de alterar a discussão do parecer relativo à polícia, acerca do qual está votada uma disposição nesse sentido?

O Sr. Presidente: — É sem prejuízo do parecer da polícia.

O Orador: — Sem prejuízo, mas com prejuízo dos oradores inscritos. Voltamos a reincidir no mesmo êrro.

Desde já declaro que êste lado da Câmara não vota êsse requerimento, para nos ocuparmos, antes da ordem do dia, com pareceres dessa natureza.

Fizemos excepção para o parecer relativo à polícia, e mais nada.

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Ferreira: — É certo que em política há cousas estravagantes.

Estravagante é a atitude do Sr. Carlos Pereira.

Não acompanharei S. Exa. na discussão de questões pessoais.

Aqui sou um Deputado e não empregado do Hospital.

Noutra parte não terei dúvida em dár-lhe explicações.

O orador não reviu.

Ò Sr. Jorge Nunes: — Lembro a V. Exa. a conveniência de consultar a Câmara sôbre o requerimento do Sr. Pedro Ferreira; mas que tal discussão se faça depois da discussão do parecer relativo à polícia.

É aprovado.

Entra em discussão o parecer n.° 601.

O, Sr. Ministro ao Interior (Sá Cardoso): — Sr. Presidente: vou mandar para