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Sessão de 13 de Março de 1924 5

Uma das principais medidas é a organização de cooperativas do Estado, em que o povo adquira os géneros indispensáveis à vida.

O seu desenvolvimento impõe-se do norte ao sul do País.

Deve êste projecto constituir um elemento de certa importância, que contribuirá para a solução do problema, tanto mais que por meio dele procuro que esta organização seja nacional.

Solicito de V. Exa. o favor de submeter à Câmara o requerimento que faço, para que seja publicado no Diário do Govêrno Q relatório que o precede.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Foi aprovado o requerimento.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

Feita a contraprova, verificou-se estarem de pé 2 Srs. Deputados e sentados 56, sendo portanto confirmada a votação.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro de Castro): — Chamo a atenção da Câmara.

A taxa militar apresentada pelo Sr. Ministro da Guerra, major Ribeiro de Carvalho, se não fôr votada ràpidamente, sucederá que já poucos mancebos terão o licenceamento.

Esta proposta foi apresentada em 29 do Janeiro, e nos termos do Regimento só se poderá discutir com o parecer da comissão.

Mas como o assunto é urgente, requeiro a V. Exa. que seja consultada a Câmara sôbre se permite que a proposta entre imediatamente em discussão em ordem do dia.

O Sr. Carvalho da Silva: — Peço a palavra sôbre o modo de votar.

O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: o Parlamento tem-se sujeitado a um papel verdadeiramente deprimente.

Parece-me que chegamos ao ponto de dizer ao Govêrno:

— Basta! O Govêrno e a maioria querem fazer do Parlamento um frangalho.

Estamos todos aqui a assumir perante o País responsabilidades tremendas. Não apoiados. Protestos veementes da maioria.

O Orador: — O Govêrno...

Novos protestos e não apoiados.

Vozes: — Isto não pode ser, Sr. Presidente!

O Orador: — O que se está fazendo não pode continuar.

Continuação de protestos ruidosos.

O Sr. Presidente: — Retiro a palavra a V. Exa. se continuar nesses termos.

O Orador: — Não pode permitir-se a continuação do que se está passando quanto à forma como são feitos os trabalhos da Câmara.

Não pode permitir-se a continuação dêste estado de cousas.

Não apoiados.

Novos protestos.

O orador não reviu.

O Sr. Sousa da Câmara: — É melhor porem-nos uma rolha na boca.

Não foi revisto pelo Sr. Deputado.

O Sr. Presidente: — Está interrompida a sessão.

O Sr. Presidente põe o chapéu na careca, levantando-se.

Eram 16 horas e 20 minutos.

Reabertura da sessão às 16 horas e 55 minutos.

O Sr. Presidente: — Peço a atenção da Câmara.

Há pouco, antes da interrupção dos trabalhos da sessão, o Sr. Carvalho da Silva proferia uma frase que julgo ofensiva dos brios desta Câmara. Estava convidando S. Exa. a retirar essa frase, mas o Sr. Deputado não atendeu a minha intervenção o que motivou o ser interrompida a sessão.

Repito que considero essa frase ofensiva dos brios desta Câmara, e por isso convido o Sr. Carvalho da Silva a explicá-la, ou a retirá-la.

S. Exa. não reviu.