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6 Diário da Câmara dos Deputados

Holanda, mas essa não chegará ao nosso mercado a menos de 1$20 o quilograma.

É certo que êsse preço é ainda assim mais razoável que o actual, mas a verdade é que poucos se abalançarão a fazer essa importação, uma vez que, ela é feita sem responsabilidade do estado em que ela aqui pode chegar.

Posso assegurar duma maneira categórica que não tem sido exportada batata.

Não autorizei a sua exportação, não obstante eu concordar com ela em determinada altura, em que a produção, tendo sido maior que o consumo, indicava a sua exportação para não se dar o que se deu: que foi muitos produtores não a conseguirem vender. Eu fui um deles.

Eis, Sr. Presidente, o que tenho a dizer em resposta às considerações feitas pelo Sr. Tavares de Carvalho.

A carestia da vida é função do câmbio.

Todas as medidas fracassam quando o câmbio obstinadamente se agrava.

Em todo o caso eu tenho esperança de alguma cousa conseguir no respeitante à carestia da vida, principalmente no que se refere ao peixe, cujo barateamento arrasta consigo o barateamento dos outros géneros, e à carne.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Velhinho Correia não fez a revi-são dos seus «àpartes».

O Sr. Velhinho Correia: — A propósito das declarações há pouco feitas pelo Sr. Ministro da Agricultura, eu devo declarar que, a meu ver, uma das maneiras de combater a moagem está em não permitir os financiamentos para a aquisição de trigos no estrangeiro.

No meu tempo de Ministro nunca êsses financiamentos se fizeram.

O que se fez foi a venda de cambiais nas mesmas condições em que se fazia a qualquer particular.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Tavares de Carvalho: — Agradeço ao Sr. Ministro da Agricultura as suas explicações terminantes e claras, explica-

ções que, todavia, carecem de uma pequena rectificação na parte em que S. Exa. se referiu ao facto de se pedir para que se tabelassem os géneros.

Eu não pedi para que os gêneros fossem tabelados.

Simplesmente afirmei que se houvesse necessidade de o fazer, que se fizesse.

Isto — creio eu — é um pouco diferente.

Quanto à circunstância de S. Exa. não conhecer os planos dos seus antecessores, relativos ao embaratecimento da vida, planos a que eu fizera alusão, devo dizer ao Sr. Ministro da Agricultura que lhe seria fácil obtê-los, uma vez que um dos seus antecessores — o Sr. Azevedo Gomes — é funcionário superior do seu Ministério.

Sr. Presidente: o problema da carestia da vida tem-me merecido desde a primeira hora o mais desvelado interêsse, porque nele vejo os fundamentos da ordem, da tranqüilidade e do bem estar de toda a nação.

Julgo-me com inteira autoridade para instar pela solução com a energia com que o tenho feito aqui e lá fora.

Não sou negociante, não sou industrial, nem tenho interêsses ligados a emprêsas ou companhias.

Falo, por isso, apenas em nome de todo um povo sacrificado à gananciosa ambição de meia dúzia de exploradores aventureiros.

O discurso será publicado na íntegra revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Pedro Ferreira: — Pedi a palavra para chamar a atenção do Sr. Ministro da Agricultura para o facto da apreensão de dois vagões de açúcar, um nas Caldas da Rainha, outro em Alcântara.

O caso foi entregue ao tribunal; mas o Comissário dos Abastecimentos de então, antes de aceitar a decisão do tribunal competente, distribuiu metade do produto da venda do açúcar pelos empregados que fizeram a apreensão.

O tribunal provou que as leis não tinham sido afectadas.

Sobre os empregados não recaiu-responsabilidade alguma.

O processo foi arquivado, e o importa-