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Sessão âe Í6 dê Maio de

19

Tenho a impressão de que realmente a colónia pode e deve manter a 6.a e a 7.a classes do liceu, ainda que faça uma reorganização tendente a reduzir o número de professores. De resto, é isso pràticamente possível.

Tenho dito.

O orador fião reviu.

O Sr. Ministro das Colónias (Mariano Martins): — Sr. Presidente: êste assunto do liceu de Macau não me é absolutamente desconhecido, porquanto já há uns dois meses o Sr. governador me tinha pedido autorização para reduzir êsse liceu de central a nacional pela razão de que nas duas últimas classes apenas havia dois alunos.

Eeconheci, em princípio, que o Sr. governador tinha razão e, assim, disse-lhe que fizesse a proposta respectiva. o

Neste momento esperava que o governador de Macau mandasse a proposta, para a transformação do liceu.

Os Srs. Senadores e Deputados por Macau tinham chamado a minha atenção para o assunto, e eu telegrafei ao governador dizendo que essa medida da transformação do liceu não poxlia deixar de vir à metrópole.

Havendo reclamações da colónia e entendendo várias pessoas, entre elas o Sr. Velhinho Correia, que já foi Deputado por Macau, que essa economia que o governador quere fazer é pouco recomendável, não tenho dúvida em dizer ao governador que- a suspenda provisoriamente até se ver se ela deve ou não ser mantida.

Termino dizendo que não posso aceitar a moção apresentada pelo Sr. Ferreira da Rocha.

Apartes.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ferreira da Rocha: — Sr. Presidente: o Sr. Ministro das Colónias acaba de dizer que o critério do governador de Macau se funda simplesmente no espírito de economia; mas êsse nem sempre é o melhor critério para a orientação da administração pública.

Não creio que S. Exa. tenho encontrado somente Isse argumeato. Se assim

fôsse, bem pouco saberia S. Exa. ttda administração da colónia a seu cargo.

Apoiados.

Que importa que no liceu de Macau os alunos da 7.a classe ôste ano sejam dois só; em outros anos, muitos mais têm sido; e mesmo agora nas escolas superiores da metrópole há quatro ou cinco macaenses que. sem a existência da 7.a classe no curso liceal de Macau, não poderiam nessas escolas ter-se matriculado. Sejam mesmo dois, como diz o Sr. Ministro.

São dois alunos que depois virão à metrópole talvez continuar a sua educação. São dois alunos que no seu regresso à colónia constituirão um dos melhores meios de, ligação à Mãe Pátria, são dois . alunos que vão ajudar a formar a elite dirigente que, em cada colónia, devemos desejar caracterizadamente portuguesa.

Apartes.

Muito pouco saberia o Sr. governador de Macau se, por espírito de economia, onde esta fôsse desnecessária, pretendesse, sem outros motivos, extinguir o ensino liceal em Macau.

Tenho a esperança de que S. Exa. há--de ter outros fundamentos para justificar a sua proposta; e isso mesmo reforça a minha solicitação de que a proposta não seja imediatamente executada, que o Sr. Ministro das Colónias a possa fazer estudar pelas estações técnicas competentes do seu Ministério.

S. Exa. o Ministro das Colónias acaba de declarar que se compromete a fazer suspender a imediata execução do diploma a que me venho referindo, de forma que ela não possa entrar em vigor no próximo ano lectivo, e que tempo exista para a estudar, e para que se estabeleça pelo menos um período transitório em que se procurem atenuar os imediatos prejuízos da decisão em Macau tomada.

Acrescentou porém o Sr. Ministro que não podia aceitar a moção que apresentei, aliás desnecessária desde que êle próprio se comprometo a fazer o que na moção se propunha.

Para mim ó-me indiferente que a moção seja aprovada ou não, desde que o fim em vista da mesma forma se realiza.

Não tenho empenho especial em fazer votar a. moção; mas devo dizer a S. Exa. as palavras «esperar gu§ o Ministro