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SeetOa de 16 de Mato de 1624

IS

seguir aos crimes não se venha com pe« didos de amnistia!

Apoiados.

Seja o Sr. Ministro do Interior muito feliz na repressão dos atentados. Estamos, porém, convencidos que S. Exa. ft não irá empregar para isso aqueles meios extremos que poderão depreender-se duma infeliz e ilógica interpretação dás palavras que >-á pouco proferiu.

De resto, se S. Ex

Aqui tem V. Ex,* como nós, apesar da política íacciosa com que V. Ex»a nos invectivou» procedemos: apenas lembrando ao Govêrno os deveres constitucionais, ae* sejando que a ordem seja mantida dentro deles com êste ou com outro Govêrno, se êste não chegar*

Tenho dito»

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardoso)—Disse o Sr. Morais Carvalho que na cidade de Coimbra se tinham praticado atentados à bomba.

Devo dizer a V. Exa. que não mo lem= bro dêsse facto.

O Sr. Carvalho da Silva (interrompendo) :—Todos os jornais o noticiaram.

O Orador:—Nem tempo tenho tido para ler jornais.

O Sr. Morais de Carvalho (interrompeu* do):—^Nem por intermédio das autoridades respectivas V. Exa. teve conhecimento dêsse facto?

O Orador :—Não tenho idea de ter. recebido qualquer comunicação1 a êsse rés--peito.

Agora que dele tenho conhecimento, tratarei de investigar o que se passou.

Em resposta ao Sr. Lopes Cardoso, que disse terem sido infringidas as regalias constitucionais, desejava que S. Exa. me dissesse quais foram; estivo a ler todas e não encontrei qualquer cousa que justificasse a sua afirmação.

Uma voz:— j Coarcta-se o direito de reijoiao l

O Orador í—Só não dei o direito de reunir àqueles que são grevistas e estão fora da lei,

De resto, o que o Sr. governador civil do Pôrto fez, foi entregar ao poder militar a manutenção da ordem publica, por^ que êle não tinha fôrças para a manter.

Disse e continuo a sustentar a minha afirmação: não há nenhum ataque a qualquer direito constitucional; o que há são ordens tendentes a manter a ordem pública*

Toda a gento que queira tratar dos seus assuntos, adentro das suas associa» coes, pode íazê4o.

Quem porém queira reunir > a fim do provocar a desordem, não o consinto.

Censurou-me ainda ô Sr* Lopes Cardo» só de não ter vindo dizer à Câmara o que se tinha passado.

Estive ontem na Cftmara, e como ninguém me preguntou qualquer cousa, entendi não dever referir-me ao assunto, porque supus que corria o risco de obter a resposta que o Sr. Presidente do MímV tério há dias obteve, quando trouxe à Câmara o relato da greve dos correios e te» lógruíos, desejando que lho fôsse indicado o Caminho a seguir.

A minoria nacionalista respondeu que só ao Govêrno cumpria resolver o assunto.

Não se trata, repito, de medidas contra a Constituição, mas apenas de providências tendentes" a evitar a desordem nas ruas.

Apoiadçs.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos Pereira:— Sr. Presidente: eu também pedi a palavra para me referir a casos de ordem pública, mas não são aqueles de que a Câmara se tem ocupado, e assim não sei se me será permitido falar*

Vozes: — Fale, fale.

O Orador: — Agradecendo à Câmara, direi que o caso de que me vou ocupar é grave, porque reveste um aspecto de ordem pública e também um aspecto económico do qual o Govêrno nfiô pode alhear--se, pois é tam importante como o da ordem pública,