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Sessão de 2 de Junho de 1924 25

Porque é que V. Exa. não disse que o Govêrno estava na disposição de castigar o pessoal menor que abusou?

O Sr. Ministro do Comércio : — O Govêrno não precisa das indicações de V. Exa. para isso.

Apoiados.

O Orador: — O que o Govêrno precisa é de manter-se dentro dos princípios. O que V. Exa. devia ter dito é que ninguém do pessoal menor faltou ao respeito ao pessoal maior. Muitos dos funcionários superiores não estão ao serviço porque foram expulsos dos seus lugares.

O Sr. Ministro do Comércio: — Não tire efeitos políticos!

O Orador: — Eu já disse a V. Exa. que não me sirvo dos mesmos processos que os republicanos se serviram contra a monarquia.

Não apoiados.

Eu falo com toda a sinceridade; e de todas as frases que profiro na véspera não preciso no dia imediato do retirar nenhuma.

Nestas condições vou dar por terminadas as minhas palavras, declarando que, em face do procedimento do Govêrno, êste lado da Câmara votará a moção do Sr. António Maia — o que não teria feito ontem.

Tenho dito

O orador não reviu.

O Sr. Hermano de Medeiros: — Sr. Presidente: eu mandarei na altura devida para a Mesa a minha moção de ordem, visto que regimentalmente pedi a palavra sôbre a ordem.

Sr. Presidente: afigura-se-me a mim que o caso na verdade não é para moções de confiança, nem de desconfiança, nem moções de ordem, pois a verdade é que, a meu ver, neste momento o que se deve tratar é de remediar o conflito existente.

Só eu pudesse, Sr. Presidente, dêste meu lugar fazer um pedido ao Sr. António Maia, que mandou para a Mesa uma moção de desconfiança, e ao Sr. António Correia, que mandou uma moção de confiança para a Mesa, pediria a S. Exas. que retirassem essas moções, por isso

que entendo que a Câmara está devidamente esclarecida sôbre o assunto aqui ventilado pelo ilustre Deputado, o Sr. João Camoesas.

Eu pensei, Sr. Presidente, que depois das declarações aqui feitas pelo leader do meu Partido se tivesse encerrado o doba-te. Êle está tornando-se inútil, pois a verdade é que não compreendo o Govêrno, nem o nervosismo do Sr. Ministro do Comércio.

Entendo que o caso é para ponderar, e não para irritar.

O Parlamento, Sr. Presidente, deseja e entende, ou, para melhor dizer, nós todos desejamos que a ordem seja mantida, para o que o Govêrno deverá procurar os delinqüentes a fim de os castigar.

Trate, Sr. Presidente, o Govêrno do assunto, como êle devo ser tratado, serenamente e sem nervosismos, resolvendo o conflito, sem o que não é fácil regularizar os serviços, pois a verdade é que não se improvisa nem substitui um pessoal técnico de um momento para o outro.

Sr. Presidente: é preciso ponderar com calma e serenamente a questão, mantendo-se a ordem e a disciplina.

Estou certo de que o Govêrno por êste caminho chegará a resultados mais práticos, revogando, se fôr possível, o decreto que publicou, demitindo o pessoal, e mandando fazer uma sindicância a fim de serem castigados os delinqüentes, quer êles pertençam ao pessoal maior, quer ao pessoal menor.

Estou certo, Sr. Presidente, de que o assunto desta forma se resolverá mais fàcilmente do que com moções de confiança, ou de desconfiança.

O Sr. Presidente: — Devo prevenir V. Exa. de que são horas de se encerrar a sessão. E assim, se V. Exa. quere, poderá ficar com a palavra reservada para amanhã.

O Orador: — Como ainda desejo dizer mais alguma cousa, peço então a V. Exa. o obséquio de me reservar a palavra para a sessão de amanhã.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: — Eu desejava que V. Exa. Sr. Presidente, me explicasse qual a razão por que está posta na