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Sessão de 2 de Junho de 1924 19

quiseram negar ao Estado a parto do sacrifício que para êles representa o pagamento duma contribuição.

E porque não foram relapsos sofrem agora o castigo.

Eu pago todos os impostos, mas não quero que aqui se diga que falo pro domo mea.

Tenho uma moral serrana, uma moral de aldeia.

O Sr. Almeida Ribeiro: — Embora não conheça V. Exa. muito bem, faço-lhe justiça.

O Orador: — O que é para lastimar é que êsses contribuintes escolhessem a minha voz tam fraca para os defender aqui.

Nada mais direi e fico por aqui.

O orador não reviu.

Leu-se e foi aprovada a proposta do Sr. Almeida Ribeiro.

O Sr. Velhinho Correia: — Requeiro a dispensa da leitura da última redacção. Aprovado. É aprovada a acta.

Ofícios

Do oficial de polícia judiciária militar, preguntando quando pode ser ouvido o Sr. Malheiro Reimão.

Responda-se que já foi comunicado que esta Câmara concedeu a autorização pedida.

Do juízo da 3.a vara de Lisboa, pedindo a comparência dos Sr s. Amadeu de Vasconcelos, Alberto Cruz, Delfim de Araújo e António Resende, para deporem como testemunhas.

Comunique-se que a Mesa da Câmara apenas pode submeter à votação da Câmara o pedido de autorização a que se refere o artigo 16.° da Constituição.

Foram admitidas as seguintes proposições de lei:

Proposta de lei

Dos Srs. Ministros das Finanças e das Colónias abrindo um crédito de 44.126$73 a favor do Ministério das Colónias, para

reforço da verba destinada a «Melhorias de vencimentos».

Para a comissão de colónias.

Projecto de lei

Do Sr. José Cortês dos Santos, autorizando o Govêrno a ceder à Associação Protectora da Infância Santo António de Lisboa um terreno denominado Terra da Vinha, em Caxias.

Para a comissão de administração pública.

O Sr. Agatão Lança: — Peço a V. Exa. o favor de consultar a Câmara sôbre se permite que a comissão de marinha reúna amanhã durante a sessão.

Autorizado.

O Sr. Presidente: — Vai entrar-se na ordem do dia: negócio urgente do Sr. João Camoesas.

Vai ler-se uma moção mandada para a Mesa pelo Sr. António Correia.

É lida, admitida e entra em discussão.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Pedro Pita.

O Sr. Pedro Pita: — Sr. Presidente: em harmonia com a imposição regimental mando para a Mesa a seguinte moção:

Moção

A Câmara, reconhecendo que a normalização dos serviços telégrafo-postais é função do Poder Executivo que ao realizá-la não poderá deixar de ter em vista o prestígio do Poder, os interêsses do Estado e as normas da justiça, passa à ordem do dia.— Pedro Pita.

Estão neste momento sôbre a Mesa mais duas moções: uma do Sr. António Maia de desconfiança ao Sr. Ministro da Guerra, e outra do Sr. António Correia elogiando os actos praticados pelo Sr. Ministro da Guerra.

Não posso votar nem uma nem outra.

Era lógico porém que apresentem uma moção que pudesse votar o essa dizendo que ao Poder Executivo compete a normalização dos serviços telégrafo-postais, e atende também ao prestígio do Poder, mas dentro das normas de justiça que é necessário respeitar.