O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 Diário da Câmara dos Deputados

O que neste momento quis foi defender o principio de que não há possibilidade de a República, que é um regime de justiça, agüentar-se perseguindo, seja quem fôr.

Acuso o Sr. Ministro dos Estrangeiros de perseguir?

Não; acuso de perseguir um Ministério que infelizmente tem de estar sujeito a uma ou outra corrente do seu partido. São cousas inteiramente diversas.

Não tem, portanto, o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros de insurgir-se por eu ter dito que não tinha entregado o processo. Foi essa a informação que colhi do seu Ministério; não tenho de retirar uma palavra de tudo quanto disse.

Para terminar, direi a V. Exa. que o que desejo é que quando saia dêsse lugar possa merecer as referências que hoje são devidas a êsses homens, que apesar de meus adversários políticos, merecem a minha maior consideração, tais como Domingos Pereira e Augusto Soares, e correligionários meus como Júlio Dantas, Augusto de Vasconcelos e ainda Melo Barreto.

Tenho dito.

O Orador não reviu.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Sr. Presidente: em nome do Grupo Parlamentar da Acção Republicana, tenho á honra do cumprimentar o Sr. Ministro da Agricultura, Tôrres Garcia, felicitando o Sr. Presidente do Ministério e a República, pela escolha acertada que fizeram, pois trata-se de um homem que representa um valor entre os novos; e que possui as qualidades necessárias para ocupar neste momento esta pasta.

Nestas condições, o Grupo Parlamentar da Acção Republicana mantém íntegras as declarações feitas pelo seu leader, Sr. Carlos Olavo.

Sr. Presidente: o grupo a que tenho a honra de pertencer tinha algumas razões para apoiar êste Ministério; a entrada do Sr. Tôrres Garcia, para a pasta da Agricultura, vem afirmar mais a convicção em que está de que o actual Ministério deve ser mantido.

O Sr. Tôrres Garcia, pessoa a quem me ligam laços de amizade pessoal, iniciou a sua obra par um acto que revela uma afirmação de sinceridade e moralidade. Vem enfrentar, entre muitos, dois problemas de um alcance e representação nacionais, que, estou certo, S. Exa. há-de resolver da forma mais conveniente aos interêsses do País.

Refiro-me à questão dos abastecimentos e ao levantamento da planta cadastral da propriedade.

Sr. Presidente; eu tenho à certeza de que O Sr. Ministro da Agricultura vai dar à questão, dos abastecimentos uma orientação prática, procurando desfazer á especulação não origem, e que vai, relativamente ao levantamento da planta cadastral, empregar ab suas qualidades de trabalho, que nesta Câmara têm sido bastante apreciadas.

Terminando as minhas considerações, devo mais uma vez repetir que o Govêrno pode contar com o apoio do Grupo da Acção Republicana.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos Pereira: — Sr. Presidente: pedi a palavra para cumprimentar o Sr. Ministro da Agricultura, com quem tenho as melhores relações de amizade, que datam do tempo das escolas.

Não fica mal, portanto, que pôr esta única razão eu saúde S. Exa.

Nestas saudações, permita V. Exa., Sr. Presidente, que eu felicite o chefe do Govêrno, por ter escolhido para a pasta da Agricultura um homem que todos os lados da Câmara proclamaram como inteligente e honesto, e quê até sublinharam como possuindo raras qualidades de energia. Assim é, Sr. Presidente.

Não há que temer dos extremismos do Sr. Tôrres Garcia, e quando êle haja de os praticar, cabem bem dentro daquela fórmula que S. Exa. apresentou numa entrevista que ontem concedeu a um jornal dá noite, a qual é que o País sê deve bastar a si próprio.

Que a sua energia lhe não falto, saio os meus votos, e tenho a certeza de que se houver peias burocráticas ou outros quaisquer embaraços, S. Exa. é homem para arredar Iodos os obstáculos, seja por que maneira fôr, que pretendam entravar a acção nacional que é preciso desenvolver na sua pasta.

Que assim seja, e vá até o fim coto a sua energia, o seu grande amor pela Repú-