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32 Diário da Câmara dos Deputados

Não há, de facto, nenhuma repartição do Estado, nenhum serviço público, onde os empregados sejam mais trabalhadores e que mais mereçam os cumprimentos que agora lhe são dirigidos.

Sr. Presidente: no momento de encerrar-se os trabalhos parlamentares recordo com satisfação que nunca as lutas, por mais acesas que fossem, deixaram de nos consentir a todos o trabalho comum, a amizade, sobretudo, que todos mantemos nas nossas relações. Não houve luta que me fizesse a mim, o neste momento falo só de mim, que sou dos parlamentares mais activos talvez, que sou daqueles que maior número de vezes intervenho nas discussões, não houve luta, repito, que fizesse com que esquecesse, por um momento sequer, a correcção que devo ao lugar que desempenho e à estima que devo a todos os meus colegas.

Ainda bem que no momento de nos separarmos podemos lançar os braços uns aos outros.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Pais: — Sr. Presidente: Vendo com sincera mágoa que vai encerrar-se mais uma sessão legislativa sem ter sido aprovado — e nem mesmo pôsto em discussão — o novo código administrativo, venho pedir ao Sr. Ministro do Interior para que empregue os seus melhores esfôrços a fim de que êsse diploma seja dos primeiros assuntos a tratar logo que reabra o Parlamento; visto não ser prestigioso para o regime que, ao fim de 14 anos, estejamos ainda a reger-nos por dois ou três semi-códigos ao mesmo tempo.

Muitos apoiados.

Tenho dito.

O Sr. Presidente: — A mesa agradece os cumprimentos que lhe foram dirigidos por todos os lados da Câmara e pelo Sr. Presidente do Ministério, congratulando-se ao mesmo tempo com a forma como decorreram os trabalhos parlamentares.

Devo declarar que a Mesa só associa também às palavras de justiça pronunciadas por alguns Srs. Deputados com respeito ao pessoal do Congresso.

Dito isto, declaro encerrada a sessão legislativa.

Eram 20 horas e 30 minutos.

Documentos mandados para a Mesa durante a sessão

Projectos de lei

Do Sr. Jaime de Sousa fixando o imposto a cobrar nas alfândegas do arquipélago açoriano, sôbre o tabaco estrangeiro manipulado.

Para o «Diário do Govêrno».

Do Sr. Vasco Borges reorganizando o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Para o «Diário do Governo».

Do Sr. Plínio Silva revogando o § único do artigo 2.° da lei 1633 de 17 do Julho de 1924.

Para o «Diário do Governo».

O REDACTOR—Herculano Nunes.