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6 Diário da Câmara dos Deputados

Nenhum português deixará de se sentir orgulhoso, quando encarar com um monumento que lhe recorda o homem que à posse efectiva e legítima do seu País trouxe as ricas e vastíssimas terras daquém Save, que eram nesse momento motivo de alheias-cobiças.

Moçambique não esquece nunca o que deve aos seus grandes homens, e, assim, tendo prestado homenagem a António Ennes, vai agora prestá-la a Mousinho de Albuquerque, colaborador audaz e continuador inteligente da gloriosa obra colonial do Mestre.

A Câmara dos Deputados, no seu alto patriotismo, vai sem dúvida dar a sua aprovação a êste projecto de lei, fazendo assim associar a mãe Pátria à homenagem que a sua colónia de Moçambique — Portugal de além mar — vai prestar ao seu heróico soldado e grande administrador, que, em rasgos de audaciosa bravura e êle saber, trouxe a Moçambique, dias de paz e prosperidade.

Bem hajam, pois, pela sua obra de homenagem os leais portugueses que em terras de Moçambique mourejam, honrando o nome colonizador de Portugal, e que às gerações vindouras querem legar um monumento que será como que o padrão de civismo em que se inspirem, para nunca deixarem de amar enternecidamente a sua Pátria.

Por estas razões, a vossa comissão de colónias dá sua entusiástica aprovação à presente proposta de lei.

Sala das sessões da comissão de colónias, em 29 de Julho de 1924. — Abílio Marçal — Carlos Eugénio de Vasconcelos — Manuel Ferreira da Rocha — José Novais de Medeiros — Viriato da Fonseca — E. Carneiro Franco — F. G. Velhinho Correia — Jaime de Sousa — Prazeres da Costa — Delfim Costa, relator.

Senhores Deputados.— A vossa comissão de guerra nada tem a opor à proposta de lei n.° 785-B, da iniciativa do Sr. Ministro das Colónias, e que tem por fim autorizar o Govêrno a fornecer o bronze necessário e mandar proceder pelo Arsenal do Exército à fundição da estátua que por subscrição pública deve ser erecta na cidade de Lourenço Marques em homenagem a Joaquim Augusto Mousinho de Albuquerque.

É uma homenagem merecida e justa, motivo por que esta comissão é de parecer que lhe deveis dar a vossa aprovarão.

Sala das sessões da comissão de guerra, em 1 de Agosto de 1924. — J. Pina de Morais — Viriato da Fonseca — António de Mendonça — José Cortês dos Santos — Albino Pinto da Fonseca, relator.

Senhores Deputados.—A proposta d& lei n.° 785-B, da autoria do Sr. Ministro das Colónias, destina-se a autorizar o Govêrno a conceder o bronze necessário e a mandar proceder à fundição, 110 Arsenal do Exército, da estátua que por subscrição pública vai ser erigida na cidade de Lourenço Marques para homenagear a memória da bravo militar e português que se chamou Joaquim Augusto Mousinho de Albuquerque, histórico herói de Chaimite.

A vossa comissão de finanças, reconhecendo que a homenagem a prestar enaltecerá e levantará na África Oriental a. grandeza da raça, dá o seu parecer favorável à referida proposta de lei.

Sala das sessões da comissão de finanças, 4 de Agosto do 1924.— Crispiniano da Fonseca — Prazeres da Costa — Pinto Barriga — Joaquim de Matos — F. G. Velhinho Correia — Jaime de Sousa — Vergílio Saque — Lourenço Correia Gomes, relator.

Proposta de lei n.º 785-B

Senhores Deputados. — A província de Moçambique insta pela erecção de um monumento na sua capital em memória do grande português que foi Joaquim Augusto Mousinho de Albuquerque, Alto Comissário e reformador daquele precioso domínio da República.

Vem de longe êste pensamento, quási após a morte do ínclito cidadão para o que se iniciaram subscrições públicas. Chegou, emfim, o momento de pagar o tributo à memória do homem que nos últimos anos mais alto levantou o nome da Pátria, fazendo perdurar pelos tempos a veneração, o respeito e a saudade que hoje se abrigam no coração dos que acompanharam o sentiram a sua obra.

A homenagem que se pretende realizar cabe mais directamente à província de Moçambique; mas mal iria à Nação se deixasse de associar-se, quer moralmente quer ainda materialmente, à iniciativa