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Sessão de 24 de Novembro de 1924 9

mesquinhos e de baixo mercantilismo houve tanta necessidade de pôr em relevo ama tal figura da nossa história.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Jaime de Sousa: — Permita-me a Câmara que neste momento, como oficial de marinha, eu venha pronunciar palavras de homenagem à memória dêsse grande português que foi Mousinho de Albuquerque.

Foi, Sr. Presidente, devido à sua espada, e à fôrça das armas, que êle conseguiu que a província de Moçambique entrasse numa era de paz e de prosperidade, a qual se deve também em grande parte à sua administração, séria e honesta.

Eu tive ensejo de trabalhar na província de Moçambique, e assim lembro-me muito bem da acção eficaz ali exercida não só por António Enes como por Mousinho do Albuquerque, razão porque eu defendo até certo ponto os Altos Comissariados, pois a verdade é que a acção dos Altos Comissários é excelente, quando sejam entregues a homens como António Enes e Mousinho de Albuquerque.

A acção de um só homem, enérgico e Inteligente como Mousinho de Albuquerque, vale mais do que outros processos, razão porque eu digo e repito que o sistema dos Altos Comissários é bom, desde que, as províncias sejam entregues a homens que, pela sua competência, mereçam absoluta confiança como António Enes e Mousinho do Albuquerque.

Ditas estas poucas palavras, em memória a Mousinho de Albuquerque, eu termino, Sr. Presidente, declarando que dou a minha aprovação ao projecto que está em, debate.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Não há mais ninguém inscrito. Vai votar-se.

Sendo pôsto à votação foi o projecto aprovado, tanto na generalidade como na especialidade.

O Sr. Morais Carvalho: — V. Exa. poderá informar a Câmara sôbre se o Govêrno se apresenta hoje ao Parlamento e, em caso negativo, quando se apresenta?

O Sr. Presidente: — Conforme já tive ocasião de dizer ao Sr. Tavares de Carvalho, o Govêrno deve-se apresentar ao Parlamento na próxima quarta ou quinta-feira.

O Sr. Morais Carvalho: —Essa informação é oficial?

O Sr. Presidente: — É quási oficial.

O Sr. Vergílio Saque: — Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa o parecer n.° 821-B, para o qual já foi concedida a urgência para entrar imediatamente em discussão.

Sendo pôsto em discussão foi o mesmo seguidamente aprovado, tanto na generalidade como na especialidade.

O respectivo projecto de lei é do seguiu-te teor:

Artigo 1.° E mantido o curso suplementar de letras em todos os liceus da cidade de Lisboa.

Art. 2.° Nos liceus de Lisboa onde haja curso suplementar de letras é aumentado de cinco nas três primeiras classes o limite máximo do número de alunos das respectivas turmas.

Art. 3.° Entra imediatamente em vigor esta lei, ficando revogada todas as disposições em contrário.

O Sr. Presidente: — Vai entrar em discussão o parecer n.° 783.

O Sr. Nuno Simões (para um requerimento): — Sr. Presidente: pedi a palavra para requerer a V. Exa. que consulte a Câmara sôbre se permite que se adie esta discussão, visto já estar constituído Govêrno, a fim de se conhecer a opinião do novo Ministro da Instrução.

Apoiados.

O Sr. Presidente: — Vai votar-se o requerimento do Sr. Nuno Simões.

O Sr. Maldonado Freitas (sobre o modo de votar): — Sr. Presidente: há certamente o manifesto intuito de se continuar mais uma vez aquela política que se vexa