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8 Diário da Câmara dos Deputados

que, êsse homem que garantiu a nossa ocupação definitiva na África Oriental.

Mousinho de Albuquerque escreveu na nossa história as páginas gloriosas de Marracuene e de Chaimite, feitos notáveis que os bons portugueses nunca podem esquecer.

É, pois, como Deputado pela colónia de Moçambique, principalmente, que me associo à homenagem que o Parlamento está prestando a Mousinho de Albuquerque.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ferreira da Rocha: — Sr. Presidente: o Partido Nacionalista incumbe-me de, em seu nome, associar-me à manifestação de homenagem que êste projecto representa.

Mousinho de Albuquerque merece sem dúvida a homenagem que desta forma lhe prestamos, pelo que foi de grande como militar, pelo que foi de grande como colonial, e, acima de tudo, pelo que foi de grande como português no seu acendrado amor à Pátria e na sua extraordinária dedicação ao progresso de Portugal, à construção dum Portugal maior.

Mousinho de Albuquerque pertenceu àquela classe de homens, que nasceram para dominar, para construir impérios, para ligar à sua Pátria novos territórios e novos países.

Mousinho de Albuquerque não pôde levar a efeito completamente a sua obra, porque o sistema político em que viveu não permitia aos homens arrojados fazer com que as suas ideas pudessem pôr-se em prática.

A espada que empunhava quebrou-se na série de preconceitos com que lutou e não pôde efectivar completamente a sua obra. Mas, pelo que fez a favor, da colónia de Moçambique, pelo exemplo grande que deu a todos os portugueses, merece bem as homenagens do Parlamento.

Assim o entende o Partido Nacionalista que, com o maior prazer, vota o projecto que se discute.

Tenho dito.

Vozes: — Muito bem! Muito bem!

O orador não reviu.

O Sr. Amadeu de Vasconcelos: — Sr. Presidente: a maioria desta Câmara, em
cujo nome tenho a honra de falar neste momento, dando o seu voto ao projecto que se discute, presta uma justa e merecida homenagem à memória do grande militar e do grande português que foi Mousinho de Albuquerque.

Grande militar porque a sua acção soube fazer reviver em terras de África a odissea da nossa ocupação, e grande português porque conseguiu imprimir à província de Moçambique uma administração verdadeiramente modelar, à qual se começa já a prestar a devida justiça.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Joaquim Ribeiro: — Sr. Presidente: bem anda o Parlamento da Repú-blica em prestar homenagem ao grande português que foi Mousinho de Albuquerque.

Mousinho de Albuquerque foi, indubitavelmente, um dos maiores portugueses dos últimos tempos. Não podemos esquecer-nos de que foi êle que, com urna plêiade de homens ilustres, à frente dos quais se encontrava António Enes, mais contribuiu para salvar a província de Moçambique, ameaçada pelas conseqüências do ultimatum.

Depois Mousinho de Albuquerque foi tam grande como militar, como administrador da província cuja acção verdadeiramente modelar ainda hoje perdura.

A homenagem dêste Parlamento é, pois, inteiramente justa, tanto mais quanto é certo tratar-se dum grande patriota que no final da sua vida foi menoscabado pelas intrigas da corte.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Juvenal de Araújo: — Êste lado da Câmara associa-se com o maior entusiasmo ao projecto que se encontra em discussão, visto que êle representa um preito de justiça àquele que foi uma das mais belas figuras da nossa história contemporânea. Mousinho de Albuquerque, quer como militar, quer como colonial, foi um grande vulto, cuja acção se transmito até os nossos dias; porque êle soube, em qualquer dêsses dois aspectos, consubstanciar as virtudes tradicionais da nossa raça.

Nunca como nesta hora de interêsses