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6 Diário da Câmara dos Deputados

atingido a frequência e a gravidade do alguns que têm tido lugar em muitas das capitais estrangeiras.

S, Exa. referiu-se a assaltos que só têm dado em várias partos, o afirmou que não têm sido punidos os criminosos. S. Exa. vai decerto prestar um alto serviço à polícia de investigação criminal dizendo-lhe quais as colectividades que tem sido assaltadas, a fim de que e respectivo director dessa polícia proceda como é seu dever. E creia S. Exa. que ela não deixará do proceder com toda a energia, segundo as instruções que lho dei. S. Exa. fora assim prestado um relevante serviço ao País, e terá assim contribuído para o prestígio dessa polícia e para a tranquilidade dos habitantes.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva (para explicações): - Sr. Presidente: agradecendo aos Srs. Ministros as explicações que S. Exas. acabam do me dar, cabe-me dizer em especial ao Sr. Ministro do Interior que aceitaria o convite que S, Exa. me faz para me alistar no corpo de polícia de investigação criminal, se a isso se não opusessem, como se opõem, os meus muitos afazeres.

Reconheço que a polícia de investigação, no que se refere ao caso da Rua 24 de Julho, procedeu duma forma digna de todo o elogio, e não serei eu quem lho regateie êsse elogio, porque ela o mereço inteiramente.

Mas não concordo com as explicações do S. Exa. no que dizem respeito ao tacto de não só terem efectuado mais prisões. S. Exa. convida-me a dar esclarecimentos. Eu sei há mais de um mês pelos jornais, toda a gente os sabe, o S. Exa., portanto, decerto os não ignora, os casos que vêm relatados e que ultimamente se passaram. Não é a mim, que mio faço parto da polícia de investigação criminal, que não sou Ministro do Interior, que me compete reprimir êsses factos perturbadores da ordem.

Aproveito a ocasião de estar no uso da palavra para chamar a atenção de S Exa. para o seguinte facto: há mais do um ano foi votada nesta casa do Parlamento uma pensão ao agente da polícia de investigação que foi assassinado por um dos
membros de Legião Vermelha. Segundo vejo pelos jornais, a viúva dêste pobre agente, cuja memória deve merecer o maior respeito de nós todos o a quem devemos mesmo a maior gratidão, continua a viver do esmolas. Eu sei, particularmente, que qualquer cousa se projecta para remediar êste estado de cousas.

Chamo, portanto, a atenção do Sr. Ministro do Interior para êle, para que aqueles que se sacrificam pela sociedade sejam recompensados como é devido.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Interior (Vitorino Godinho): - Sr. Presidente: ou desejo responder à parte final do discurso d o Sr. Carvalho da Silva. Tenho a dizer a V. Exa. e à Câmara que, efectivamente, já tenho aqui as emendas vindas do Senado ao projecto que foi apresentado na Câmara dos Deputados, regularizando o assunto a que S Exa. se referiu. Já ontem tive ocasião de me avistar com alguns Srs. Deputados, dizendo-lhes que a minha intenção era formular hoje um requerimento, no sentido de serem discutidas imediatamente estas emendas, com as quais a Câmara estará certamente de acordo.

E, nestes termos, Sr. Presidente, eu aproveito desde já o ensejo de formular êsse requerimento, que V. Exa. submeterá à votação quando julgar conveniente.

Tenho dito.

O orador não rema.

O Sr. Tavares de Carvalho : - Sr. Presidente: na pequena viagem que fiz ao Norte tive ocasião de ver e para isto chamo a atenção do Sr. Ministro do Comércio - que no comboio do Douro circulava muito pessoal dos caminhos do ferro e respectivas famílias, indo assim as carruagens completam ente cheias. Êsses empregados não cediam os lugares aos passageiros, como parece que é da sua obrigação. Tive várias reclamações e entre elas uma, que me parece muito grave: a de que a maior parte das pessoas de família dos ferroviários se entregam ao transporto de artigos, de que não fazem despacho, viajando permanentemente nos comboios, para fazerem recovagens e negócios contínuos. É preciso acabar com