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Sessão de 27 e 28 de Abril de 1925 17

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Vitorino Guimarães):- Tenho sempre o maior desejo em ser correcto o por isso apresso-me a declarar que quando usei da palavra estava na convicção do que o Sr. Cancela do Abreu já havia concluído as suas considerações. Se assim não fora, eu teria tido o cuidado de pedir ao Sr. Cancela do Abreu autorização para interrompê-lo.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: - Agradeço as explicações do Sr. Presidente do Ministério.

O Sr. Presidente:-Vai votar-se o requerimento do Sr. Tavares de Carvalho para que seja discutida a proposta do Sr. José Domingues dos Santos, com urgência o dispensa do Regimento.

Procede se à votação.

O Sr. Presidente: - Está aprovado.

O Sr. Carvalho da Silva:-Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

O Sr. Presidente: - Vai proceder-se à contraprova e contagem.

Procede-se à contraprova e contagem.

O Sr. Presidente:-Estão sentados 52 Srs. Deputados e em pé 35. Está aprovado.

O Sr. Tavares de Carvalho: - Peço a V. Exa. que consulte a Câmara sôbre se ela consente que a sessão seja prorrogada até final discussão do assunto em debate.

O Sr. "Presidente: - Vai votar-se o requerimento do Sr. Tavares de Carvalho

O Sr. Pedro Pita (sobre o modo de votar):- Pedi a palavra sôbre o modo de votar para requerer que a prorrogação da sessão seja também para se resolver sôbre o pedido do Sr. comandante da divisão.

Vota se o requerimento do Sr. Tavares de Carvalho.

O Sr. Presidente : - Vai votar-se o requerimento do Sr. Pedro Pita. Procede-se à votação.

O Sr. Presidente: - Está aprovado.

O Sr. Júlio Gonçalves: - Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

O Sr. Presidente: - Vai proceder-se à contraprova e contagem.

Procede-se à contraprova e faz-se a contagem.

O Sr. Presidente: - Estão em pé 40 Srs. Deputados e sentados 55. Está aprovado. Tem a palavra o Sr. Carvalho da Silva.

O Sr. Carvalho da Silva: -Sr. Presidente: ha muito que a Câmara não discute uma proposta de tam larga importância para a vida do País, como o é a do que estamos tratando.

Não venho proferir um discurso violento, porque entendo que quem tem, neste momento, a consciência das suas responsabilidades deve procurar todos os meios de evitar provocações e ódios.

Desejo, pelo contrário, provocar a união de todos os que tendo responsabilidades, como todos nós temos, na marcha da administração pública, devem ponderar n m assunto da magnitude do que estamos discutindo.

Basta, Sr. Presidente, a leitura da imprensa que, dizendo-se defensora da ordem, não quero outra cousa senão o estabelecimento do direito revolucionário, em que há 14 anos se vive em Portugal, para que nós possamos ver o alcanço da proposta do Sr. José Domingues dos Santos, proposta também assinada pelo Sr. António Maria da Silva.

Sr. Presidente: quanto as conveniências partidárias levam os homens a esquecer os seus deveres para com o País!

Preconiza a imprensa que só diz defensora do Govêrno a adopção imediata do um determinado número de medidas violentas, absolutamente contrárias à Constituição, e, assim, Sr. Presidente, quando há pouco ouvimos o Sr. José Domingues dos Santos dizer que a Constituição não é uma palavra vã, nós concluí-