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24 Diário da Câmara dos Deputados

um acto voluntário do renúncia, e que empreste a sua fôrça para outros constituírem uma fôrça artificial o os elementos do domínio o de poder que não são capazes de criar pelos processos legais, repito, através do Taís inteiro.

Há pessoas q no, não obstante a sua inteligência, só deixam dominar por êste critério simplista do obter a criação do um forte agregado político pela ocupação das cadeiras do Poder. E não vêem essas pessoas, quando censuram o Partido Republicano Português do engrandecimento próprio, que, nesse mesmo momento em que põem o problema nestes termos se confessam na atitude política de servir clientelas à custa dos favores do Pudor, para arranjai em aquela fôrça que são incapazes de realizar pela propaganda das suas doutrinas?

Apoiados.

Corno republicano, Sr. Presidente, não me canso de verberar êste processo, que, por ser inferior, apenas uma única cousa possui: o ódio.

As palavras que só dizem nesta casa do Parlamento o as palavras que se proferem por êsse País fora, em rápidos momentos de propaganda, não visam a estimular as energias ou a levantar os corações, mas, pelo contrário, a tornar mais fortes os apetites e mais vivas as disputas, em termos inferiores.

Para o Sr. Cunha Leal só existem funcionários rio Partido Republicano Português e só existem como um fenómeno de utilidade prática e mandibular.

Os próprios factos e as próprias palavras de S. Exa. manifestam a injustiça destas afirmações.

Há no Partido Republicado Português, e até nas primeiras das pessoas que têm vindo desde sempre pondo ao serviço da Pátria, com prejuízo dos seus interêsses, da sua saúde, da sua tranquilidade, e até da sua própria vida, toda a sua actividade.

Apoiados.

Porque não havemos nós de fazer uns aos outros a justiça que merecemos?

Apoiados.

Porque havemos do estar aqui constantemente, na ânsia de bem defender a República - acredito-o sinceramente- a levantar questões que só servem para nos dividir e perturbar?

Há pouco, quando o Deputado a que me referi fazia alusão aos homens da Legião Vermelha, em palavras que perfilho o secundo, e, condenava os actos de criminosa alucinação que praticaram, logo a seguir se confessava numa atitude de aplauso, para nós todos e para o País inteiro ao procedimento, não menos condenável, daqueles que se serviram das armas e munições - que a Nação paga para se defender - para a perturbação da ordem, deixando atrás do si rastos do cadáveres. Porém, Sr. Presidente, ossos homens não são menos merecedores de crítica e do condenação do que os outros.

Apoiados.

Disse eu então: os mortos passam depressa e, sobretudo muito depressa para a memória dos mortos dêsses desvarios revolucionários dos pretensos salvadores de Portugal.

Sr. Presidente: eu nunca defendi, nem defendo os atentados praticados pelos rapazes da chamada Legião Vermelha, embora encontre na sua louca irreflexão certos motivos justificativos. Gente, geralmente que se criou ao abandono nas ruas da cidade, sem pilo, sem lar, sem conforto, que admira que Gles não saibam ter sentimentos de generosa fraternidade e apenas alimentem o ódio contra tudo e contra todos?

Apoiados.

Repito: ou não defendo os atentados. Eu já tive ocasião de afirmar numa assemblea republicana, em que alguém erguera um alva ao homem que havia asassinado o chefe do Estado, que os assassinos, fossem quais fossem os motivos por que o tivessem sido, não oram meus correligionários.

Simplesmente eu não posso deixar de atribuir a maior responsabilidade dêsses alentados o dêsses crimes a uma sociedade que deixa a sua infância rebolar-se pelo lixo como os vermes, inteiramente desacompanhados, quer intelectualmente, quer moralmente.

O Sr. Agatão Lança: - V. Exa. esquece-se de que alguns legionários calçavam meias de seda.

O Orador: - Nós não conhecemos e passado dessas câmaras e, por isso, essa circunstância nada significa.