O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 15 de Junho de 1925 29

pedindo-lhe as providencias necessárias, e lamentando que elas não tenham sido adoptadas há mais tempo, porque há muito se vêm afirmando que a Companhia das Águas não está em condições de abastecer suficientemente de água a cidade de Lisboa.

Estou convencido que o Sr. Ministro do Comércio não tora dúvida em reconhecer que as minhas considerações são para ponderar, o providenciará da forma que a população da cidade de Lisboa não continue privada de água que tanta falta faz.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Ferreira de Simas): - Sr. Presidente: a situação da capital em relação ao abastecimento das águas não é boa, e pode realmente tornar-se muito grave, mormente nesta quadra do ano, se a população não restringir o seu consumo e sobretudo a Câmara Municipal.

Não é que falte a água do Alviela, pois que a água do Alviela ainda nesta quadra do ano e mesmo até Agosto, é mais que suficiente para as necessidades da capital, mas a secção total dos sifões, que é de 51, é que se não pode aumentar, e a quantidade de água que passa aí durante o ano não pode ir além de 40:000 metros cúbicos, aumentado ainda com os outros caudais de que se serve a companhia, durante o inverno, mas, vem o verão e a água falta, porque começam as regas feitas pela câmara municipal, rogas feitas a agulheta que consomem muita água, começam a regar-se os jardins e quintais, e daí o consumo a passar para 5.060:000 metros cúbicos, do forma que se não houver restrições sérias acerca do consumo da água, a Agua pode faltar.

Todos os dias recebo um mapa enviado pelo delegado do Govêrno junto da Companhia, e por ele se verifica que o consumo aumenta; o de ontem foi já de 52:000 metros cúbicos.

É certo que a Companhia tem as reservas especialmente de Campo do Ourique, cada uma das quais leva 60:000 metros cúbicos, mas, se essas reservas não se pouparem, corre só o perigo de, em caso de incêndio, não haver água.

O que é necessário é que o Parlamento vote um projecto de lei que nesta Câmara está pendente, e que permite fazer obras que vêm resolver a questão da falta de água em Lisboa.

Creio que a Companhia tem o maior interesso em que se consuma água, mas é necessário restringir o seu consumo emquanto essas obras não terminarem.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Maldonado de Freitas: - Não estando presente o Sr. Ministro das Finanças, peço ao Sr. Ministro do Interior a fineza do transmitir ao sou colega as minhas considerações tendentes a que S. Exa. ponha cobro ao que se está passando na repartição de finanças de Pombal, que se encontra num caos.

O assunto está pormenorizado numa local do jornal O Imparcial, que peço a V. Exa. a fineza de dar a ler ao Sr. Ministro das Finanças, visto já ter dado a hora de se encerrar a sessão e eu não poder usar da palavra por mais tempo.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Interior (Vitorino Godinho): - Transmitirei ao Sr. Ministro das Finanças os desejos do Sr. Maldonado de Freiras.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Aproxima sessão é amanhã, 16 as 14 horas com as mesma ordem dos trabalhos.

Está encerrada a sessão.

Eram 20 horas e 5 minutos.

Documentos mandados para a Mesa durante a sessão

Projecto de lei

Dos Srs. Francisco Cruz, António Dias e Henrique Pires Monteiro, modificando as alíneas a) e c) do n.° 27.° do decreto n.° 10:039, de 26 de Agosto de 1924.

Para o "Diário do Govêrno".

Proposta de lei

Do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiras, aprovando, para ratificação, a 1.ª e 2.ª conferencias do ópio realizadas em Genebra, de 2 de Novembro de 1924 a 19 de Fevereiro de 1925.

Para o "Diário do Governo".