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Sessão de 26 de Junho de 1925 7

me parecia deverem ser atendidas o mais ràpidamente possível.

O Sr. Ministro do Trabalho ficou de tratar ràpidamente do assunto e dar-lhe a solução que merecia.

Irei novamente transmitir ao Sr. Ministro do Trabalho que o ilustre Deputado fez as suas considerações e estou certo de que o Sr. Ministro dará a solução que o caso merece.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Cardoso: - Na sessão passada havia pedido a palavra para explicações, a fim de tratar do uma carta que à Mesa tinha sido enviada pelo presidente da comissão de inquérito aos Bairros Sociais.

Devo informar que o Sr. presidente da comissão de inquérito aos Bairros Sociais me havia fornecido uma cópia da carta enviada para a Mesa e que devolvo a V. Exa.

Devo uma explicação ao Sr. Pinto da Fonseca. Quando me referi ontem à carta, não ataquei qualquer membro da comissão de inquérito. Nas considerações que fiz não visei membro algum dessa comissão, pois a todos considero.

Sr. Presidente: o presidente da comissão de inquérito aos Bairros Sociais resolveu apresentar o seu pedido de demissão. Devo dizer que as comissões parlamentares não são as mais próprias para essas atribuições (Apoiados), pois a missão da Câmara dos Deputado não é fazer inquéritos.

Apoiados.

A comissão foi nomeada em 1920, estamos em 1925 e o inquérito já está no sexto volume.

O Sr. Nuno Simões: - E tem 3:000 páginas!

O Orador: - Lá fora diz-se abertamente que a comissão procede por forma, que nada se apura do inquérito, dando a entender que a referida comissão é conivente.

O facto é que já são passados perto de seis anos e não há ninguém na cadeia. Diz-se mais que há pessoas que estão lá empregadas a tomar conta nos Bairros.

O Sr. Pinto da Fonseca: - Com isso nada tem a comissão.

O Orador: - Os inquéritos devem ser feitos por pessoas estranhas à Câmara, naturalmente por magistrados.

O Sr. Nuno Simões: - Há já magistrados que não fazem outra cousa senão proceder a sindicâncias e que não dão resultado.

O Orador: - A culpa é dos Ministros que lhes não marcam tempo para fazer as sindicâncias.

Em quanto fui Ministro, marquei tempo e as sindicâncias acabaram no tempo marcado.

O orador não reviu.

O Sr. Pinto da Fonseca: - Sr. Presidente: a comissão de inquérito aos Bairros Sociais já tem seis volumes com três mil e tantas páginas. E certo, porém, que essa comissão já teria terminado os seus trabalhos se não tivesse de acumular os trabalhos do inquérito com os seus trabalhos parlamentares.

De resto, não é a Comissão que tem a, culpa do que se passa; foi uma resolução tomada pela Câmara, e a Comissão não fez mais do que cumpri-la.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Joaquim Ribeiro: - Sr. Presidente: agradeço ao Sr. Presidente do Ministério a honra que me dá de vir ouvir as minhas considerações.

Lamento que tam poucos Deputados estejam presentes, sobretudo aqueles que são meus correligionários.

Penso às vezes que, dominando o meu feitio, só ganhava em me abster de certas discussões, porque podia passar a vida tranquilamente como fazem tantos outros, poupando-me a lutas e sobressaltos, ainda que fossem provocados pela nossa consciência e pelo nosso dever.

Isenção nem todos a tem.

Quando se bole em interêsses, sejam êles de quem forem, então ainda menos ela existe.

Eu, porém, não sou assim.

Fui, Sr. Presidente, na minha modestíssima vida parlamentar - porque sou, -seguramente, o mais modesto membro desta Câmara - (Não apoiados) uma das pessoas que mais atacaram aqui, quando