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Sessão de 13 de Agosto de 1925 7

Pelas informações que tenho, há 4:500 quilómetros de estrada a reparar, o que dá a despesa de 270:000 contos.

É êste o primeiro sacrifício que temos a fazer, (apoiados) que leva cinco a seis anos, segundo me diz o Sr. administrador geral das estradas.

No Orçamento há a verba de 20:000 contos para reparações.

Temos, pois, 20:000 contos durante seis anos, produzindo totalmente 120:000 contos.

Se conseguirmos inserir no Orçamento 25:000 contos durante seis anos, temos 150:000 contos.

Actualmente há uma crise na indústria, mas V. Exa. pode resolver o problema das estradas e acabar com o déficit.

Eu ouvi muitas vezes ao Dr. José de Pádua, velho republicano da propaganda, que não sabia fazer uma omelette sem ovos.

O Sr. Brito Camacho: - Isso é mais velho do que a cidade de Pádua.

O Orador: - Parece-me que com o meu alvitre, com a revisão das pautas, se resolvia o problema das estradas.

O que eu digo é que há uma necessidade urgente de acudir à nossa indústria, a fim de que se não dê um mal maior, qual é o que pode resultar da sua paralisação.

É esta a razão por que eu digo que se torna necessário fazer urgentemente uma revisão das pautas, de forma a que se possa acudir, tanto quanto possível, à situação em que se encontra a nossa indústria.

Trocam-se àparte.

O Orador: - Repito, considero absolutamente necessário fazer-se essa revisão, de forma a que se possa atender ao interêsse colectivo da nossa indústria, pois na verdade outros assuntos há, a meu ver, mais importantes a tratar, como seja, pôr exemplo, o problema das estradas, que nós devíamos resolver antes de fechar o Parlamento, e que fàcilmente se poderia resolver aprovando, à falta de melhor, o projecto que vou ter a honra de mandar para a Mesa.

Trocam-se novos àpartes.

O Orador: - O que eu digo a V. Exas. é que, segundo as informações que tenho, as receitas provenientes do fundo de turismo andam por uns 4:000 contos, pouco mais ou menos.

Trocam-se novos apartes.

O Orador: - O Sr. Ministro das Finanças que está presente melhor poderá informar V. Exas.; no emtanto, as informações que tenho dizem-me que essa receita não vai além de 4:000 contos, conforme acabo de referir.

Vou, Sr. Presidente, terminar as minhas considerações, visto que não desejo que julguem que eu estou no propósito de fazer obstrucionismo, porém não posso deixar de declarar, mais uma vez à Câmara, que entendo que o problema das estradas sobreleva a todos os outros, e muito principalmente a êste que se discute.

Termino, pois, por aqui as minhas considerações, deixando a cada um o direito de votar segundo â sua consciência.

Tenho dito.

O orador não reviu, nem o Sr. Brito Camacho fez a revisão dos seus àpartes.

O Sr. Presidente: - Vai ler-se na Mesa o projecto enviado pelo Sr. Velhinho Correia.

Foi lido, admitido e pôsto em discussão.

É o seguinte:

Artigo único. É o Govêrno autorizado a remodelar os serviços de instrução pública, realizando os economias que forem possíveis sem prejuízo do regular funcionamento dêsses serviços, podendo, com as economias efectivamente realizadas, e ouvido o Conselho .Superior de Finanças, contrair um empréstimo até a quantia de 30:000 contos para despesas de instalação do ensino.

Êste empréstimo será amortizado no prazo máximo de trinta anos e a taxa de juro não será superior a 10 por cento. J. G. Velhinho Correia.

O Sr. Ginestal Machado: - Sr. Presidente: V. Exa. podia dizer-me quanto tempo falta parai, se entrar na ordem do dia.