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Sessão de 4 e 5 de Janeiro de 1926 57

para que o Deputado Socialista tratasse dela, to vê de recorrer a factos e questões que absolutamente são opostas à verdade.

Feita esta demonstração, outro ponto ainda para terminar.

Quero frisar o ponto do discurso do Sr. Amâncio do Alpoim em que S. Exa. ao mesmo tempo que atacou os directores do Banco, excluiu um.

Quere dizer o Sr. Amâncio de Alpoim quis misturar o caso do Banco Angola e Metrópole com o Banco de Portugal.

Nós ainda havemos de falar, aqui, do caso de Angola e Metrópole; mas por agora não.

Para os directores do Banco de Portugal as acusações que foram ouvidas; para os que fizeram parte do Banco Angola e Metrópole o mais extraordinário carinho.

Eu não discuto nem quero discutir o Sr. Pinto de Lima.

Não discuto se o Sr. Pinto de Lima tem ou não qualquer responsabilidade na questão das notas falsas, porque eu não lanço acusações, contra ninguém, que não possa provar.

Não quero, porém, que o nosso silêncio possa ser considerado por forma a dar lugar a qualquer errada interpretação.

Não sei com que autoridade se vem fazer acusações a homens honrados e competentes, como são os que constituem a administração do Banco de Portugal.

Dito isto, não quero alargar mais as minhas considerações; e termino por dar aos Srs. Amâncio de Alpoim e Ramada Curto os meus sentimentos pela desastrosa intervenção neste caso. E, como S. Exas. prestaram um relevante serviço à actual organização social, eu, se houvesse conservadores honorários, não teria dúvida alguma em os nomear.

E termino, dando, mais uma vez, os sentimentos a S. Exas.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (António Maria da Silva): - Sr. Presidente: a hora vai muito adiantada.

Êste debate já tem duas sessões e eu já hoje tive que pedir desculpa no Senado de não ter ido lá para continuar o debate político.

Vou ser rápido nas considerações que vou fazer.

O Govêrno só tem uma posição neste caso: está ao lado dos burlados contra os burlões, estejam êles onde estiverem.

Apoiados.

Não tem, nem quere ter outra posição.

Interrupção do Sr. Alpoim, não ouvida.

Vários Srs. Deputados, que cercam o orador, trocam simultaneamente entre si algumas considerações, conservando-se o orador em silêncio.

O Sr. Presidente: - Peço aos Srs. Deputados que não interrompam o orador.

O Orador: - O Sr. Cunha Leal declarou que o tinham querido ouvir a propósito de duas emissões feitas pelo Govêrno.

Com referência à portaria, devo dizer que não a publiquei, porque a isso não era obrigado; ficou na mão do Director Geral da Fazenda Pública, tanto mais que eu tinha leis que me habilitavam a tomar as providências de carácter financeiro que julgasse conveniente.

A segunda, a do Sr. Velhinho Correia, o Sr. Amâncio de Alpoim devia saber para que ela tinha sido.

O Sr. Amâncio de Alpoim (interrompendo): - V. Exa. refere-se à taxa da Caixa Geral do Depósitos?

O Orador: - Ninguém tem o direito de pôr a questão da Caixa Geral de Depósitos.

Interrupção do Sr. Amâncio de Alpoim que não se ouviu.

O Orador: - Ninguém tem o direito de misturar os homens da República com burlões.

Ninguém tem o direito de confundir uma cousa com a outra, porque é uma infâmia clara.

O Sr. Velhinho Correia (interrompendo): - No caso concreto dos 80:000 contos, há dois créditos: - há o crédito do Estado e o da Caixa Geral de Depósitos.

Os dois confundem-se neste caso.